Mais um caso de feminicídio foi registrado no Maranhão em 2025, chegando 11 morte de mulheres no território maranhense apenas nos primeiros cinco meses do ano.
A polícia faz buscas pelo pastor evangélico José Gilton Alves dos Santos, principal suspeito de matar a ex-mulher, Jussandra Gonçalves Jorge de Souza, com pelo menos 31 facadas, na cidade de Riachão, no sul do estado.
De acordo com informações, ele não aceitava o fim do relacionamento, e teria matado por esse motivo. Mas esse caso mostra como está se tornando banal essa tipologia de crime.
2025: 1 morte a cada 13 dias
Com esse feminicídio, o Maranhão chega a uma média em 2025 de 2,2 casos por mês, sendo que neste ano, uma mulher foi morta a cada 13 dias.
Números desde 2020
Desde 2020, até esta semana, foram 323 feminicídios no Maranhão. Além de crimes brutais, muitos deles foram cometidos com requintes de crueldade e até na frente dos filhos.
Na maioria dos casos a motivação sempre a mesma: não aceitar o fim do relacionamento.
Algumas pesquisas realizadas mostram que nos primeiros meses dos anos, a média dos crimes começa devagar, sendo intensificada no segundo semestre, e ficando mais caótica nos meses finais do ano.
Números de feminicídios de 2020 à 2025 (até maio):
- 2020: 65
- 2021: 59
- 2022: 69
- 2023: 50
- 2024: 69
- 2025: 11 – até maio
- Total: 323
Uma morte a cada 6 dias
Totalizando todos anos e os cinco primeiros meses de 2025, somam-se cerca de 1.975 dias com 323 mortes de mulher vítimas de feminicídio no Maranhão, chegando a uma média de uma vítima a cada 6 dias, ou seja, uma mulher foi morta a cada 144 horas no estado desde 2020.
Onde buscar ajuda
No Maranhão, para buscar ajuda em casos de feminicídio ou violência doméstica, é possível recorrer a diversas redes de apoio. A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, a Polícia Militar do Maranhão, as Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs), a Casa da Mulher Brasileira e a Ouvidoria da Mulher são algumas opções.
Telefone: (98) 98873-6506 (Mulheres com medidas protetivas de urgência). A Casa Abrigo de São Luís acolhe e presta atendimento integral às mulheres (e seus dependentes) vítimas de violência doméstica e familiar no Maranhão sob ameaça de morte e também seus filhos.