País fez metade dos transplantes necessários em 2022, diz relatório da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).
Pela primeira vez desde 1998, a fila de espera por um órgão no Brasil passou de 50 mil. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), em 2022 foram feitos 21,8 mil procedimentos, pouco mais da metade dos 40 mil transplantes necessários.
Embora o número de doadores esteja crescendo (atualmente são 16,5 por milhão de pessoas), ele ainda não voltou ao patamar pré-pandemia, com 18,1 por milhão de pessoas em 2019.
Ao Jornal da Tarde, Ilka Boin, da diretoria da ABTO, afirmou que os números do relatório não são os esperados: “Pelas ocupações de UTI por Covid durante a pandemia, as doações diminuíram. A gente esperava que em 2021 e 2022 teríamos um aumento”.
“Vale lembrar que quando você faz uma doação, você privilegia 10 pessoas”, diz Ilka Boin. Também é importante deixar claro para a família quando se é um doador de órgãos, uma vez que os parentes são responsáveis pela eventual tomada de decisão.
O Brasil ocupa o terceiro lugar no mundo em transplantes de fígado e o quarto em transplantes renais