Por Saulo Marino
O governador Flávio Dino (PCdoB) está em Brasília para uma série de reuniões com outros governadores, a convite de Jair Bolsonaro (PSL). Também haverá uma reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal.
Até a manhã desta quarta-feira (8), a informação era de que o presidente pretende discutir a reforma da Previdência, e que ministros e parlamentares estejam presentes nos encontros que ocorrerão hoje e amanhã.
Dino confirmou o encontro. “Participo hoje e amanhã de reuniões de governadores com presidentes da República, da Câmara, do Senado e do Supremo. Minha visão é equacionar temas federativos como caminho para retomada do crescimento econômico”.
Pela manhã desta quarta-feira (8), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), organizou um café da manhã na residência oficial do Senado, com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e dos governadores Ronaldo Caiado (DEM-GO), Romeu Zema (Novo-MG) e Wilson Witzel (PSC-RJ).
Segundo Congresso em Foco, a equipe econômica do presidente discute neste café da manhã detalhes para oferecer um aporte de R$ 10 bilhões aos estados, em troca de apoio pela aprovação da reforma da previdência. Na reunião com os governadores, Bolsonaro deve apresentar essa proposta.
A cúpula bolsonarista e os presidentes da Câmara e do Senado acreditam que cada governador tem capacidade de convencer suas bancadas estaduais para votar pela reforma da Previdência, já que na tramitação legal o texto enfrentou dificuldades para ser aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e agora está em uma fase ainda mais delicada, que é comissão especial, onde se debate o mérito do projeto. Os partidos do Centrão, grupo formado por Solidariedade, PP, PR, DEM e PRB, tendem a votar pela aprovação da reforma e não querem que os governadores participem das articulações em favor da proposta.
Existe a expectativa de que Bolsonaro apresente também alguma proposta para o Nordeste. Após eleito, o presidente já visitou os Estados Unidos e Israel, mas ainda não pisou onde foi menos e votado e vê sua rejeição crescer paulatinamente.