A Assembleia Geral de Governadores do Consórcio Interestadual Amazônia Legal reuniu seus membros na última terça-feira (23), em Brasília. Além dos oito estados da região Norte, o Maranhão também faz parte do grupo. Em pauta o desenvolvimento econômico, social, ambiental e territorial da região, além da definição da presidência do grupo, que ficou a cargo do governador do Amapá, Waldez Góes (PDT).
Flávio Dino (PCdoB), aproveitou o encontro para defender que os governadores do Norte e Nordeste precisam se unir diante de “questões nacionais”, visto que ambas as regiões possuem problemas semelhantes. “Temos conseguido evoluir na direção correta, nós precisamos, de fato, nos proteger das questões federativas”, disse.
Todos os governadores do Nordeste foram convidados a participar do encontro, segundo a assessoria do governador, “como forma de aproximar os estados e intensificar a troca de experiências entre os consórcios”. No mês passado os nordestinos estiveram em São Luís para criar o Consórcio Nordeste.
Ainda no encontro da Amazônia Legal, o governador Mauro Carlesse (PODE), do Tocantins, defendeu a união pela defesa de uma pauta comum no Congresso Nacional. “Todos os estados que representamos necessitam do trabalho e do apoio das bancadas federais. Com as nossas bancadas atuando juntas em defesa dos interesses comuns dos estados da Amazônia Legal vamos ter mais força e os resultados poderão ser revertidos em ações para o desenvolvimento dos estados”, afirmou Carlesse.
A próxima reunião deve acontecer no dia 8 de maio, também em Brasília, para dar prosseguimento ao debate. Também ficou acertado que Palmas (TO) sediará em junho outro encontro entre os governadores do Consórcio, que pretendem realizar um levantamento de informações para o planejamento estratégico, com o intuito de identificar experiências exitosas empreendidas pelos nove Estados membros.
Deliberações maranhenses
Além da união das duas Regiões, Dino defendeu também a criação de fundo para ampliar investimentos com caráter sustentável na Amazônia Legal, com intuito de aproveitar os recursos da região para diminuir as desigualdades sociais.
“Há espaço para a construção de um fundo, juntamente com outros países, organismos multilaterais e também empresas privadas brasileiras para alavancagem de recursos para a região amazônica. Pode ser, no futuro, um caminho para recebermos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO). Há uma versatilidade”, completou o governador do Maranhão.