O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou nesta segunda-feira (9), o envio de agentes da Força Nacional de Segurança Pública para a Terra Indígena Cana Brava Guajajara, no interior do Maranhão, onde dois índios foram mortos a tiros após atentado no último sábado (7). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União.
O texto diz que o objetivo é apoiar o trabalho da Fundação Nacional do Índio (Funai) nas ações de segurança pública por 90 dias, a partir de 10 de dezembro. O prazo pode ser prorrogado caso seja necessário. De acordo com a portaria, o contingente será definido pelo ministério, de acordo com planejamento a ser realizado pela pasta.
O caso
Um grupo de indígenas da tribo Cana Brava foi alvo de um atentado no início da tarde do último sábado (7), na BR-226, entre os municípios de Barra do Corda e Grajaú. Dois índios morreram após atentado. Segundo a Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular do Maranhão, há dois índios feridos em decorrência do ataque.
De acordo com relatos não-confirmados, lideranças que saíam de uma reunião com a Eletronorte e a FUNAI se deslocavam nas proximidades da aldeia El Betel, quando um veículo de cor branca e de vidro espelhado, modelo Chevrolet Celta, diminuiu a velocidade ao se aproximar do grupo. De dentro do carro partiram os tiros que feriram os índios.
Em entrevista à TV Guará, o delegado que inicialmente cuidou do caso, Guilherme Campelo, da Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), informou que todas as linhas de investigação serão analisadas.
“Nós ouvimos testemunhos de pessoas que estavam por lá e continuamos as buscas. A versão de que o crime foi uma repressão aos contantes assaltos na região será estudada, assim como o envolvimento de madeireiros da localidade”, informou o delegado.
