Imagina que seu filhote vai completar mais um aninho, ou mensário, e você quer comemorar. Chamar a família, os amigos para uma festinha ou uma festona. Daí lembra que precisa contratar profissionais para decoração, bolo, docinhos, personalizados.
O problema é que no dia evento seu material não é entregue ou, pelo menos, não da mesma forma que você contratou. A suposta profissional sumia sem dar satisfação ou fazer a devolução do seu dinheiro. Essa é a situação vivenciada por pelo menos 15 mães que contrataram os serviços de uma mulher identificada como Yanka Araújo.
Yanka mantinha um perfil no Instagram e conseguiu enganar diversas mulheres oferecendo serviços e produtos que possuía. Até o momento 15 vítimas foram identificadas e outras ainda podem surgir. Depois da repercussão com seu nome o perfil do Instagram foi desativado.
Todas as mães participavam do mesmo grupo de whatsapp onde compartilhavam dicas sobre gestação e filhos. Todas contrataram a Yanka. Todas foram lesadas.
Uma das mães, Luana Ribeiro, comemoraria o mensário de seu filho no dia 05 de agosto. A contratada faria os docinhos da festa, mas nada de doces finos não, doces comuns como beijinho e brigadeiro. Para isso ela realizou o depósito de metade do valor. Mas nunca recebeu a encomenda ou o dinheiro.
No caso de Sâmea bem vinda, depois de pagar a metade do valor e ir diversas vezes em busca da encomenda e até ter passado o aniversário ela recebeu um material bem abaixo do esperado e em quantidades erradas. Um dinheiro mal gasto e uma situação triste para a mãe.
Depois dessas e de outras denuncias a Yanka além de sair dos grupos de festas e temas infantis, já trocou diversas vezes de telefone.
Yanka Araújo vai ser enquadrada no crime de estelionato, segundo o delegado de Crimes Cibernéticos, Ogirlado Muniz, “A Yanka está cometendo estelionato como qualquer outro só que usando o as redes sociais. Sempre orientamos para que as pessoas desconfiem e se não tem conhecimento de quem está do outro lado”, disse.
Sobre sua pena, “A pena pode chegar até cinco anos e com mais provas e identificando mais vítimas a pena pode aumentar em até 1/3”, afirmou o delegado.