quinta-feira, 28 de março de 2024

Médico deve dividir cela com Nardoni e irmãos Cravinhos

Após quase quatro anos como o criminoso mais procurado de São Paulo, Roger Abdelmassih chega nesta tarde (20) à capital paulista. Preso ontem em Assunção, no Paraguai, o médico será trazido de avião pela Polícia Federal e deve desembarcar por volta das 13h no aeroporto de Congonhas, na zona sul.

O paradeiro do criminoso foi descoberto após uma investigação de três anos do Domingo Espetacular. Ele foi detido pela Polícia Federal às 13h25 (horário paraguaio), perto da escola onde deixaria os filhos. Ele estava acompanhado da mulher, Larissa Sacco.

Abdelmassih passou a noite em Foz do Iguaçu, no Paraná, para onde foi levado após sua captura. Na chegada a São Paulo, ele deve ser encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) para realizar exame de corpo de delito.

Por ser um preso já condenado, o médico seguirá direto para um presídio. Segundo a secretaria da Administração Penitenciária, ainda não há nada definido sobre o destino de Abdelmassih, mas “ele tem o perfil dos presos de Tremembé”.

A Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em Tremembé, é conhecida por receber os condenados por crimes de grande repercussão nacional. O mais recente é Eduardo Martins, assassino confesso do zelador Jezi Lopes.

Mas o presídio abriga criminosos ainda mais famosos, como Alexandre Nardoni, que jogou a filha, Isabella Nardoni, pela janela do sexto andar do prédio onde morava em 2008. Os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, que participaram do assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, em 2002, também cumprem pena lá.

Roger Abdelmassih chegou a ficar preso em Tremembé em 2009, antes de conseguir um habeas corpus. O médico foi condenado a 278 anos por abusar de 39 mulheres. Ele teve o registro cassado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina).

Conhecido como o médico das estrelas, Abdelmassih foi um dos pioneiros e principais nomes de reprodução assistida no Brasil.

Com recompensa de R$ 10 mil, Abdelmassih era o campeão de denúncias

Abdelmassih é suspeito de atacar as pacientes depois de sedá-las. Cerca de 20 mil mulheres teriam passado pela clínica de fertilização.

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