sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Metade dos brasileiros vai usar 13º salário para compras de Natal, diz pesquisa

Com a chegada do Ano Novo, muitas pessoas se perguntam qual prioridade darão ao 13ª salário, remuneração extra recebida pelos profissionais que têm a carteira assinada.

Neste ano, a decisão de cinco em cada dez brasileiros que têm direito à grana extra (52,9%) será destinar parte do valor para fazer as compras de Natal, sendo que 10,8% pretendem gastar todo o 13º com a data comemorativa.

O levantamento, realizado pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) com 1.632 consumidores nas 27 capitais do País, aponta ainda que entre os 27% que não pretendem utilizar a renda extra com presentes, o principal destino será economizar ou investir (26,6%), além de quitar dívidas para organizar a vida financeira (26,4%) e pagar impostos de início de ano, como IPTU e IPVA (11,4%).

De acordo com o educador financeiro do SPC Brasil e do portal “Meu Bolso Feliz”, José Vignoli, é importante refletir sobre o uso racional do 13º salário, por mais que seja tentador ceder aos apelos de consumo durante o Natal e as comemorações de Ano Novo.

— Qual é a prioridade? Essa é a pergunta que a pessoa deve fazer. Quitar contas em atraso, por exemplo, deve vir antes de qualquer desejo de compra.

Para Vignoli, mesmo quem está com as despesas em dia precisa refletir sobre o melhor uso deste dinheiro extra.

— Poupar e aplicar parte dos recursos, por exemplo, são hábitos que fazem muita diferença, seja para realizar sonhos ou para uma aposentadoria mais confortável. Quem ainda assim decidir que o melhor é comprar presentes deve tomar algumas precauções, como optar pelo pagamento à vista, pesquisar preços e evitar ao máximo o endividamento.

A pesquisa do SPC Brasil também aponta que 41% dos entrevistados pretendem fazer bicos ou outras atividades para a geração de renda extra com o objetivo de comprar mais presentes ou presentes melhores, principalmente os mais jovens (50,1%), as mulheres (47,9%) e as pessoas das classes C, D e E (44,8%).

Vignoli avalia que, tradicionalmente, o período festivo de final de ano ajuda a movimentar as vendas de produtos e serviços em diversos setores, o que eleva também o número de oportunidades nos setores.

— Além do 13º, com a chegada das festas de fim de ano, muitos consumidores costumam recorrer aos trabalhos informais, ou ‘bicos’, para comprar presentes melhores ou em maior quantidade.

 

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