A falta de mobilidade urbana, um problema antigo em São Luís, voltou a ser discutido na Assembleia Legislativa. Com poucas ciclovias, sem metrô ou mesmo o VLT, com o transporte sendo resumido, praticamente, em ônibus e carros, os congestionamentos fazem parte do dia a dia cotidiano.
Avenidas mal planejadas, falta de eficiência e acessibilidade nos transportes coletivos, e acima de tudo falta de estrutura para garantir o simples direito de ir e vir de ciclistas e pedestres, com segurança levam quem sente na pele os transtornos ocasionados por esses problemas a se impor e cobrar ações mais efetivas.
Integrantes do grupo “Coletiva Pedal das Minas Slz” fizeram sérias críticas ao plano de Mobilidade que hoje existe na região metropolitana de São Luís que, segundo eles, não pensa a mobilidade de forma mais ampla, contemplando transportes alternativos como o ciclismo. Segundo levantamento feito pelo grupo, São Luís possui apenas 18 km de ciclovias, feitas de forma isoladas, sem ligar um bairro ao outro. “Em São Luís já existe um Plano de Mobilidade Urbana que é de 2017. Então, esse Plano de Mobilidade Urbana, ele já está em desacordo, tanto com a política nacional de mobilidade urbana, que é a Lei 2587/12, quanto com o próprio Plano Diretor que recebeu diversas alterações propostas pela sociedade civil à época de sua revisão. Então, do ponto de vista formal, a mobilidade urbana em São Luís ultrapassa sérios entraves porque ela não se adapta, ela não se adequa a quem ela deve ter como garantia que é prioridade aos pedestres e ciclistas e ao transporte coletivo”, declarou Marcela Medeiros, representa da Coletiva Pedal das Minas SLZ.
Maria de Jesus é cadeirante e usaria do transporte coletivo, que enfrenta diariamente dificuldades para se locomover em São Luís e levou sua experiência para compartilhar na audiência pública. “Estava na parada no Socorrão, às 7 horas da manhã. Eu tinha que pegar um ônibus 8h. Passaram quatro ônibus com elevador. Um elevador não funcionava, o outro não tinha chave”, contou Maria de Jesus.
Agora, os assuntos discutidos na audiência devem ser tratados pelos deputados posteriormente com membros do executivo estadual e dos municípios que compõem a região m de São Luís a fim de que sejam estabelecidas políticas públicas de Mobilidade.