sábado, 28 de dezembro de 2024

Moradores de barracos aguardam novo imóvel

Foto: Reprodução / TV Guará

Dona Maud Silva vive em situação precária há 16 anos. Ela mora com a bisneta de 4 anos de idade em um barraco que fica localizado embaixo da ponte José Sarney, também conhecida como Ponte do São Francisco, em São Luís. A idosa é uma das moradoras que ainda aguardam a transferência para um novo imóvel.

“Todo tempo eles dizendo que nós vamos sair, que eles vão dar um aluguel social para depois dar um apartamento. E cadê? Não vem mais aqui ninguém. Quando vem já vem com outra história, só quando mudar de secretário ou que nem tem previsão”

 

Os barracos improvisados não oferecem a menor estrutura de habitação e segurança. Em vez de tijolos e telhas, madeiras e compensados. E foi essa a constatação da Defensoria Pública que motivou uma ação na justiça. A esperança de uma vida nova veio depois que a Vara de Interesses Difusos e Coletivos determinou, no ano passado, que a Prefeitura de São Luís e Governo do Estado realizassem o redirecionamento das 32 famílias instaladas debaixo da Ponte. Na época, houve uma audiência de conciliação entre a Defensoria Pública, a Secretaria de Estado das Cidades e a Secretaria Municipal de Assistência social para determinar a inclusão dos moradores em benefícios sociais.

“Esse processo está sendo estudado, com muita responsabilidade, para a gente possa atuar efetivamente e eliminar aquelas palafitas dando condições dignas para que as famílias sejam direcionadas para outros locais salubres e condizentes com a realidade de um cidadão maranhense, como prega o nosso governo”, justifica Cristiane Bacelar, coordenadora do Departamento de Organização Social

Reocupação

A maioria das palafitas está desocupada, porém a preocupação da justiça, e que pode ser o tema da nova audiência de conciliação, é que os barracos sejam reocupados. A nova audiência na justiça está agendada para o dia 14 de junho e esse encontro foi por conta de outra ação civil movida pelo Ministério Público.

“Talvez o que esteja faltando neste caso, que já há um acordo, sentença da Vara de Interesses Difusos sobre esse acordo, com trânsito em julgado, no qual não cabe mais recursos e por esta sentença o assunto está resolvido, o que pode ter acontecido é que tenha acontecido uma reocupação. E se ocorreu, precisamos encontrar uma nova solução para esse assunto”, explica Douglas de Melo Martins, Juiz da Vara de Interesses Difusos e Coletivos

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