Formação acontece durante dois dias no Centro Cultural e Administrativo
Foi realizada nesta terça-feira, 2, na sala de reunião da Escola Superior do Ministério Público (Centro Cultural e Administrativo – Rua Oswaldo Cruz, Centro), em modalidade presencial com 11 adolescentes da zona rural de São Luís, a oficina de fotografia “Meninas: diálogos e registros de desafios cotidianos”. O evento objetiva promover o empoderamento das meninas e o enfrentamento ao modelo de educação machista e opressora da sociedade atual.
A atividade, promovida em parceria pelos Centros de Apoio Operacionais de Defesa da Mulher, do Idoso e da Pessoa com Deficiência com a organização não governamental Plan Internacional, alude à campanha Agosto Lilás e continuará na próxima segunda-feira, 9 de agosto, com o momento de escolha das fotografias e das respectivas legendas.
Os trabalhos fotográficos serão expostos de forma virtual no Centro Cultural do MPMA durante o Agosto Lilás e culminarão com a exposição no dia 11 de outubro, Dia Internacional da Menina, no Espaço Márcia Sandes, sede da Procuradoria Geral de Justiça (Avenida Prof. Carlos Cunha, Calhau).
As participantes tiveram momentos de sensibilização e parte teórica com a psicóloga da Plan Internacional, Joceline Silva. Depois, receberam orientações técnicas da desenhista industrial Sharlene Serra. Em seguida, foi oferecida a oficina prática de fotografia com o promotor de justiça Júlio Aderson Borralho Magalhães Segundo. O primeiro dia foi encerrado com a seleção, em conjunto, das fotografias produzidas.
Para a diretora da Escola Superior, Karla Adriana de Holanda Farias Vieira, o evento foi pensado para trazer à tona a importância do trabalho do MPMA, no debate social em torno da identidade feminina. “A nossa história é diferente da história dos meninos. Nunca escutei uma mãe dizendo ao seu filho arrumar a bagunça da filha. É sempre o contrário. Este posicionamento machista precisamos transformar”, afirmou.
Segundo a psicóloga Joceline Silva, a oficina oportuniza às meninas o resgate da identidade e o olhar sobre o outro para transformar narrativas. “É necessário que elas entendam que as questões sociais dialogam com a arte e causam uma mudança de perspectiva, que estamos proporcionando em parceria com o MPMA”, disse.