Mulheres do Projeto “Semente Crioula” realizam ação neste sábado, 15 às 9h no Quilombo Liberdade. O Projeto Viva Quilombo, em parceria com o “Ela Faz”, está capacitando 20 mulheres na área da construção civil através do projeto, com o objetivo de inserir no mercado de trabalho mulheres pretas, pardas, indígenas e quilombolas para atuar nos espaços de Restauro.
Um mapeamento foi realizado para identificar quais famílias se encaixavam no perfil de beneficiário. Os critérios levaram em consideração famílias com até 3 salários-mínimos e que estivessem em situação de vulnerabilidade social. A partir disso, cerca de 10 fachadas foram escolhidas para serem restauradas dentro da comunidade.
O projeto beneficiará 10 famílias com a recuperação total da frente de suas casas. Segundo a Cofundadora do Projeto Viva Quilombo, Meyriele Cantanhede, é uma oportunidade de impactar a vida da comunidade quilombola e despertar interesse por parte dos investidores.
“É um grande impacto o que o projeto irá fazer na vida da comunidade quilombola e de periferia. Fico feliz que o projeto esteja se desenvolvendo dentro de um quilombo, beneficiando 10 casas. A gente quer estender esse número, precisamos ter o apoio de investidores que olhem para este projeto como potencial transformador”, prospecta.
As mulheres participantes do projeto tiveram acesso a aulas teóricas sobre a Noções de construção civil, matemática, pintura, restauração e noções de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e prática.
“Eu já havia realizado alguns cursos pelo “Ela Faz” e hoje trabalho na área. Eu gosto muito de aprender e aperfeiçoar meus conhecimentos na área da construção civil, principalmente, na pintura. Atualmente trabalho para uma construtora nacional”, relata Dona Silvia de Fátima Jesus Lisboa, enfermeira aposentada e aluna do projeto Semente Crioula.
As casas escolhidas foram desenhadas pelo “Nós Assessoria Técnica”, que é um grupo de arquitetos e urbanistas, que atua em projetos junto a instituições públicas, organizações da sociedade civil. Após desenho, as famílias escolheram as cores que gostariam de pintar suas fachadas.
“Esse projeto é especial porque, além de qualificar mulheres para o mercado de trabalho, onde majoritariamente é de homens, você fortalece o território. Quando essa mulher trabalha na restauração da fachada da casa dentro da sua comunidade, ela se sente valorizada; sua autoestima cresce”, pontua a assistente social do Ela Faz, Juliana Gonçalves Castro.
O projeto tem a intenção de encerrar no dia 22 de junho com a entrega de certificados.