quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Objetos históricos são furtados de comunidade quilombola em Bacuri

Na última quarta-feira (06) a polícia apreendeu diversos objetos de valor histórico furtados de uma comunidade quilombola localizada no municípios de Bacuri, interior do estado do Maranhão. A suspeita é que um casal teria furtado os objetos.

Segundo o lavrador, João dos Santos Oliveira, o casal formado pela brasileira Magnólia de Oliveira e pelo francês François Xavier Pelletier  foram os reponsáveis pelo furto. Ele alega que ele furtaram uma roda grande e um objeto comprido semelhante a um projetor antigo de imagens, ambos de ferro. O furto foi no sítio da família dele, no povoado Mutaca.

A Coordenadoria de Promoção da Igualdade Social de Bacuri também denunciou que o casal franco-brasileiro estava escavando as terras das comunidades quilombolas e retirando material com importância arqueológica, histórica e cultural sem qualquer autorização de órgão estatal.

Casal usou lonas plásticas como cobertura nos locais de escavações. (Foto: Imagem de divulgação)

Eles se apresentavam aos moradores como membros da ONG Homme Nature e diziam que os artefatos históricos das comunidades seriam reunidos em um museu. Após ganhar confiança de alguns moradores, utilizavam aparelhos tecnológicos, como drones e detectores de metais para, em seguida, realizar escavações. Foram retiradas rodas de ferro, lanças, escápulas e artefatos de engenho.

De acordo com os moradores da comunidade quilombola São Felix, também foram retiradas estruturas metálicas semelhantes a encanamento, esferas de ferro fundido parecidas com munições de canhão, roldanas, presilhas, vigas com características de lanças e arcos, pedras espessas quadradas e retangulares semelhantes a pisos residenciais, pedaços de madeira e cerâmicas.

O Ministério Público estadual vai avaliar o material apreendido e encaminhar as informações trazidas pelas comunidades e o resultado das investigações realizadas para o Ministério Público Federal e para a Polícia Federal, para que possam investigar os crimes ambientais e de contrabando.

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