quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

OPINIÃO: A cada dia cai uma máscara ou surge uma qualidade

Quem é o eleitor de Edivaldo Holanda Júnior? A maioria é composta de eleitores “do Prefeito”. Todos os outros são eleitores que não são do prefeito. Os de Braide, os de Eliziane, de Fábio, de Rose, talvez até do Zeluis são votos de quem não quer o prefeito.

Retirada a porção irracional, que deve ser pequena, a grande maioria dos votos dados aos candidatos que enfrentaram o prefeito, deve ser conduzida a Eduardo Braide. Ainda temos uma parcela dos que não compareceram por impossibilidade ou por descrédito, que talvez venha para resolver e são mais de 90 mil votos, 14%. Também aqueles que foram “estimulados demais” para comparecer e que talvez no segundo turno não compareçam.

Quem queria votar no prefeito já votou. Quem votou nos outros candidatos provavelmente vai ter mais motivos para escolher outro, que não seja o prefeito, mas a diferença é grande. Mantendo-se as mesmas percentagens de abstenções, bancos e nulos, Edivaldo precisa repetir a votação do primeiro turno (45%) e conquistar apenas 5% de novos votos. Braide precisa conquistar 29% a mais, do que os 21% que recebeu.

A campanha vai fazer diferença?
O maior teste para Braide é suportar a artilharia do grupo do prefeito. As focinhas já começaram; prova é de menos, veja-se Wellington; quando teve parar pra se explicar, já era. Vamos ver o que ocorre com as obras da prefeitura e as do governo do estado (a grande maioria). O efeito das obras que já foram feitas passa rápido. As máquinas vão ter que permanecer na rua. E tomara que não chova, para o asfalto e a “drenagem profunda” não terem que passar no teste.

Na TV e no Rádio deve continuar o mais do mesmo. Edivaldo repetindo as obras que fez nos últimos meses e reafirmando que desta vez fará as creches. Braide deve endurecer o discurso e esmiuçar os projetos dele. No embate direto, sabatinas, debates e entrevistas, Braide já mostrou que tem mais presença e desenvoltura, além de preparo, conteúdo e discurso.

Por fim, temos os times dos candidatos. Nesse caso, o poderio de Edivaldo é grande. Mas há muita estratégia em questão. O destino do Maranhão não se resume à prefeitura de São Luís. Hoje, a memória do povo é ampla e as alianças carecem de honestidade.

Há um grande time de políticos jovens no Maranhão. A cada dia cai uma máscara ou surge uma qualidade. Alguns, mesmo jovens mostram-se estáveis, outros decadentes e outros em ascensão. Ao fim de cada combate, mais definições surgem. 2018 já começou.

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