Este final de semana o Partido dos trabalhadores elege os presidentes dos diretórios municipais, a única eleição dentro do partido que continua ser direta, com o voto de todos os filiados capacitados a votar. O presidente estadual e nacional será eleito pelos delegados, nos próximos meses.
A briga está acirrada, com candidatos fazendo e recebendo pressão, com acusações de todos os lados e uma situação que pode mexer com o PT, que vem nos últimos anos dando demonstrações intervencionistas, principalmente através de seu líder maior, o ex-presidente Lula, como contrariar por mais de uma vez a vontade do diretório estadual sobre o apoio a Flávio Dino, quando preferiu se aliar a Sarney, político que ele combateu por muitos anos.
O partido está no olho do furacão. Bombardeio de todos os lados, com petistas históricos querendo conquistar poder e outros históricos querendo permanecer no poder. Como se diz, “o jogo é bruto” e, provavelmente, muitos petistas sarneyzistas não teriam nenhum embaraço em apoiar Dino, se assim se desenhar, assim como Dino não hesitaria em receber esse apoio.
Mas, até que ponto vão as possibilidades, não se sabe. Depois de ver Lula e Hadad apertando a mão de Paulo Maluf, nada mais choca. É o caminho em que se encontra a política: um caminho de vale tudo e com poucas pedras no meio. Estas focaram em 2013. Mas o caminho é longo e normalmente dá em outros caminhos.
O PT tenta se reconstruir. Alguns militantes inveterados querem ruminar o tempo da utopia. Outros militantes não se travestem mais nas alcateias e o objetivo é a presa e não a caça.
Que seja um fim de semana de justiça aos “companheiros” e que a democracia, a honra e a dignidade acompanhem os passos de cada um.