Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor. A frase é do célebre educador Paulo Freire e nos faz pensar sobre o real sentido da educação. Afinal, qual a real motivação que leva o professor a sala de aula?
Ou a pergunta correta será: qual a real necessidade que leva o professor sem motivação para a sala de aula?
De antemão é importante dizer que ensinar não é sacerdócio – é trabalho, é profissão, é ofício e merece a justa garantia de todos os direitos previstos na lei.
Dito isso, insisto na questão: Existe algo de libertador na nossa Educação?
Professores oprimidos tendem a reproduzir na sala de aula a opressão que vivem e daí em diante tudo vira um fardo num ciclo vicioso e danoso. Porém sem voz que se levante para o contraditório, para o contraponto e para o diálogo não há possibilidade alguma de inovação.
Um imenso desperdício num mundo de infinitas possibilidades. E assim ideias morrem no descompasso entre porcentagens, na falta de infraestrutura ou na incompetência de gestores do espaço público.
Seja uma cidade, uma escola ou uma sala de aula.