Uma parceria firmada entre a Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca da Ilha e a Universidade Estadual do Maranhão, através do Hospital Veterinário, está possibilitando a castração de animais abandonados. De acordo com a unidade judicial, estão sendo realizadas 57 castrações semanalmente. O juiz titular Douglas de Melo Martins acompanhou nesta quinta-feira (10) o trabalho dos profissionais da UEMA.
Conforme informações do magistrado, o nome do projeto é Controle de Natalidade de Animais Abandonados, que tem como objetivo conter o aumento de animais abandonados nas ruas de São Luís. “O projeto visa à castração de cerca de 900 animais abandonados. Toda semana são castrados 45 machos e 12 fêmeas, no Hospital Veterinário da UEMA”, explicou o juiz, frisando que é uma constante da unidade judicial a luta pelo bem-estar animal.
RECURSOS
A parceria entre a Vara de Interesses Difusos e Coletivos da Comarca da Ilha e UEMA iniciou-se quando da assinatura de acordo entre o Ministério Público e a AMBEV, após sentença condenatória de processo por dano ambiental. Nesse acordo, a empresa ficou de destinar 200 mil reais ao Hospital Veterinário da UEMA. Com esse valor, foram atendidos mais de cinco mil animais de pessoas carentes.
“Mesmo realizando esse trabalho, o número de animais abandonados só cresceu. Daí, partimos para um campo que tivesse mais eficácia, que é a castração desses animais abandonados, visando ao controle da natalidade, sendo o maior programa dessa natureza já feito no Maranhão”, destacou Douglas Martins.
Após novos acordo firmados na unidade judicial, o hospital recebeu cerca de 160 mil reais, valor esse a ser aplicado integralmente nesse projeto. O magistrado enfatiza que os recursos para aquisição dos insumos foram destinados pela vara e a UEMA atua com seus professores e residentes do Hospital Veterinário. “Os animais são levados por ONGs e protetores independentes cadastrados na Vara de Interesse Difusos. Há de se observar que esse projeto não visa tão somente à castração dos animais, mas também é uma luta contra o abandono”, frisou o juiz.