quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Perícia afirma que causa da morte do cacique Jorginho foi afogamento

O corpo do cacique Jorginho, de 56 anos, da Aldeia Cocalinho I, foi encontrado na tarde do  último sábado (11), no Rio Xutiwa, próximo à ponte localizada na saída do município de Arame. A perícia realizada para saber a causa da morte constatou que foi afogamento.

Em nota a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA), informou que a vítima não sofreu nenhum tipo de violência ou lesões corporais causadas por tiro, e que a morte foi causada por afogamento. As investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Civil.

A comunidade indígena afirma que ele foi assassinado, isso por conta dos conflitos acirrados na região entre índios e madeireiros que invadem a Terra Indígena.

Os Guajajara tem se organizado em grupos de proteção territorial chamados de “guardiões da floresta”, que também fazem a vigilância contra garimpeiros e caçadores. O grupo ainda busca proteger, dos invasores, índios Awá Guajá isolados que vivem na região.

O líder do grupo de guardiões da Aldeia, Xulwi Guajajara, diz que há um grupo de madeireiros foragidos da Justiça que realizam assaltos na região, o que tem acirrado o conflito e as ameaças contra os guardiões, que estão buscando apoio das autoridades locais e federais.

Entenda o caso

O cacique Jorginho Guajajara, da Terra Indígena Araribóia, na Amazônia maranhense, foi morto no último fim de semana. O Crime estaria relacionado ao acirramento do conflito dos índios com madeireiros que invadem impunemente a Terra Indígena.

Segundo a comunidade, existe uma espécie de toque de recolher na cidade e nenhum índio deve circular em Arame depois das 22h. O cacique Jorge estava no município depois desse horário.

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