sexta-feira, 26 de abril de 2024

Pesquisa Norte- Americana diz que riso fácil tem influência genética

Um estudo conduzido na Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, considera que as reações distintas do ato de sorrir perante algo dito engraçado podem ser consequência de uma diferenciação genética. O tamanho do alelo do gene 5-HTTLPR interfere na frequência e no porte das risadas, garante o estudo.

Em um comparativo ilustrativo, da mesma forma como ocorrem as variações de uma cor, há oscilações de expressão de cada gene que tem dois alelos – e os alelos são as diferentes formas com que um gene pode se apresentar.

 

A ligação entre tamanho do alelo  5-HTTLPR e a regulação da serotonina, neurotransmissor ligado a quadros de depressão já era conhecida, então foi feita uma análise com 336 voluntários e os cientistas concluíram que aqueles que têm os alelos do 5-HTTLPR mais curtos sorriram ou riram mais enquanto assistiam a desenhos animados e a um clipe divertido do que os que tinham os alelos do mesmo gene maiores.

 Resultados de estudos anteriores indicaram que esses alelos mais curtos aumentam a suscetibilidade ao surgimento de emoções indesejáveis, como ansiedade e depressão, e abuso de substâncias lícitas e ilícitas. Com o novo estudo, os cientistas defendem que essa condição genética, na verdade, faz com que a pessoa se torne mais sensível aos picos emocionais.

“O alelo curto amplifica reações emocionais para ambos os ambientes, bons e maus. As pessoas com essa característica podem florescer em um ambiente positivo e sofrer em um negativo, enquanto as pessoas com alelos longos são menos sensíveis às condições ambientais”, detalha Claudia M. Haase, pesquisadora da Universidade Northwestern e coautora do estudo, publicado na edição de hoje do jornal Emotion, da Associação Americana de Psicologia.

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