Dia 25 julho é o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha. No Brasil, a data homenageia a líder quilombola Tereza de Benguela, símbolo de luta e resistência do povo negro. A data também é uma reflexão para dados preocupantes.
Pesquisas do IBGE apontam a mulher negra como a principal vítima de feminicídio, das violências doméstica e obstétrica e da mortalidade materna, além de estar na base da pirâmide socioeconômica do país.
Outra pesquisa, que foi a do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostrou que as mulheres negras são 50% mais suscetíveis ao desemprego do que as mulheres e homens brancos e com renda média menor do que a metade da renda média dos homens brancos e 35% do que a de mulheres brancas.
E quando observamos os dados de homicídios, os dados não são nada animadores. De acordo com o Atlas da Violência 2019, foram registrados 4.936 assassinatos de mulheres em 2017, sendo que 66% das vítimas é negra, morta por armas de fogo, tendo boa parte acontecido dentro de casa.