São inúmeras as dificuldades que o professor João Batista enfrenta quando precisa andar pelas ruas do Centro Histórico de São Luís. Mesmo com a ajuda do filho, é praticamente impossível passar de cadeiras de rodas pelos buracos nas calçadas. Ao tentar fazer o percurso pela Rua da Estrela, os paralelepípedos desnivelados se tornam mais um obstáculo.
“A dificuldade de conseguir a cadeira de rodas já é um protocolo muito grande, com muita dificuldade, e a mobilidade muito mais. A dificuldade maior é da mobilidade. São maiores do que as nossas dores de lesão”, conta João Batista na reportagem abaixo.
No Centro, os carrinhos eléctricos pareciam uma solução paliativa. Mas o horário de funcionamento e circuito limitado, prejudica quem, por exemplo, quer aproveitar um passeio a noite pelo Patrimônio Mundial da Humanidade, pois os veículos adaptados só funcionam até as 17hrs e não estão disponíveis aos fins de semana.
“O que resolveria? Nivelar os paralelepípedos, porque não pode tirar de lá e a gente defende que fique porque é histórico, garantir as condições de acesso das calçadas, ter sinalização visual”, explica Dilson Bessa, do Forum Maranhense das Pessoas com Deficiência.
Há dois anos, a Justiça Federal determinou que a Prefeitura de São Luís apresentasse ao Iphan um projeto de adaptação do Centro Histórico na área de tombamento federal. A Prefeitura já encaminhou esse projeto, que está sob análise. Caso tenha um parecer favorável, a gestão municipal tem até dois anos para executar as adaptações.