sábado, 28 de dezembro de 2024

Polícia Civil investiga suspeita de pirâmide financeira envolvendo “Joguinho do Tigre”, em São Luís

A Secretaria de Segurança Pública, por meio Polícia Civil do Maranhão, deflagrou, nesta terça-feira (26), a operação Quebrando a Banca, em São Luís. A ação, que é resultado de investigação da Superintendência Estadual de Investigação Criminal (Seic), visa reprimir um suposto esquema de pirâmide financeira envolvendo o jogo Fortune Tiger, plataforma digital popularmente conhecida no Brasil como “Joguinho do Tigre”.

Nesta primeira fase da operação, a equipe do Departamento de Combate a Crimes Organizados (DCCO), vinculado à Seic, deu cumprimento a cinco mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais, incluindo uma oficina mecânica. O principal alvo da operação Quebrando a Banca é uma influenciadora digital e divulgadora do jogo.

Durante a operação, foram apreendidos quatro automóveis de luxo, três motocicletas, uma moto aquática, joias e outros objetos. A Polícia Civil também solicitou ao Judiciário o bloqueio de cerca de R$ 8 milhões em contas bancárias ligadas à influenciadora. A apreensão do valor, especificamente, visa garantir que esse patrimônio financeiro, possivelmente adquirido de maneira ilícita, não seja movimentado ou transferido durante as investigações. 

“Estamos buscando dados para confirmar a suspeita de pirâmide financeira. Nesta operação, se investiga pessoas que ajudam a dar capilaridade, a expandir o número de participantes desses jogos que são ilegais”, destacou o titular da Seic, delegado Augusto Barros. Ele frisou que quem promove e se remunera a partir dos jogos incorre na mesma ilegalidade.

De acordo com o delegado, como jogos de azar movimentam dinheiro de forma ilícita, outros crimes podem estar correlacionados, como sonegação de impostos, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, estelionato, entre outros.

O delegado-geral da Polícia Civil, Jair Paiva, enfatizou que as investigações envolvendo a plataforma Fortune Tiger continuarão até a completa elucidação. “A Plataforma Tiger é um jogo proibido no Brasil. Temos informações de que várias pessoas tiveram prejuízo. As investigações seguem e se for confirmada a existência de um esquema de pirâmide financeira, os envolvidos serão devidamente responsabilizados”, informou. 

Jair Paiva fez um alerta à população lembrando que todos os jogos de azar são tipificados como infração penal pela legislação brasileira, sendo portanto proibidos no país. Devem também ser denunciados para prevenir situações em que indivíduos comprometam seus recursos financeiros, como já ocorreu no caso da plataforma Fortune Tiger.

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