A Polícia Federal concluiu o inquérito da Operação Irmandade , que resultou no afastamento de Luciano Genésio(PP) , prefeito de Pinheiro. Com o encaminhamento à Justiça Federal, foram indiciados o prefeito afastado e seis pessoas por três crimes, até agora.
A investigação que apura o desvio de recursos públicos federais em contratos de R$ 38 milhões destinados à saúde e educação do município de Pinheiro que deu origem a Operação Irmandade se concentrou em pregões com empresas em contratos firmados com a prefeitura, pertencentes a membros da organização.
Os suspeitos são acusados dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A PF diz que, ao tomar conhecimento de que era alvo de investigação, em vez de diminuir ou mesmo cessar os desvios, a suposta organização criminosa ampliou a movimentação financeira ilícita.
O relatório final é assinado pelo delegado Roberto Costa, da Delegacia de Repressão a Corrupção a Crimes Financeiros. No Tribunal Regional Federal da 1 região(TRF-1), o caso está sob relatoria do desembargador Cândido Ribeiro, do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região.
“Foram localizados diversos indícios no sentido de que o proprietário de fato dessas empresas seria o gestor público municipal, o que se confirmou por meio da análise das movimentações bancárias. Nessa oportunidade, constatou-se que parte dos pagamentos realizados pelo Poder Público para tais empresas era revertida para as contas do servidor público”, informaram os federais. Ele e demais indiciados também foram alvo de busca e apreensão, um Relógio Rolex e 12,9 mil em espécie foram levados .
Atualmente, segue no comando do executivo municipal, como interina, a vice-prefeita Ana Paula Lobato (PDT). Enfermeira, ela é a primeira mulher a chefiar a prefeitura de Pinheiro e é esposa do presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto. Na única manifestação pública sobre o caso, Luciano Genésio diz ser “homem responsável e obediente às leis”.