O candidato Edison Lobão (MDB) foi o segundo a participar da Sabatina Guará entre os que buscam uma vaga ao Senado Federal. Lobão já foi governador do Maranhão, foi deputado Federal, ministro dos governos Lula e Dilma. E é senador pelo quarto mandato.
Questionado pelo qual motivo gostaria de se eleger pela quinta vez senador do Maranhão, Lobão disse que o Senado Federal é uma casa de políticos experientes. “O senado se compõe de 81 senadores. A idade miníma para se candidatar é de 35 anos, o que é denotativo de experiência. Muitos já passaram por vários cargos políticos. O Senado tem funções importantes como julgar um presidente”, destacou.
Edison Lobão disse que é o decano do Senado Federal, e que se coloca mais uma vez a favor do povo maranhense para servi-lo com a determinação, e experiência para trabalhar como sempre teve. “Poucas pessoas fizeram pelo Maranhão tanto quanto eu fiz”, declarou.
Experiência no Senado
Indagado sobre a sua permanência extensa no Senado. Edison citou uma pesquisa, que segundo ele diz que os maranhenses preferem um senador mais experiente. “No Maranhão não tem ninguém mais experiente do que eu”, destacou.
Questionado sobre a sua idade, e se terminaria o mandato de senador, caso seja eleito novamente. Lobão disse que se sente muito bem para completar até o fim. E não cederia a vaga para o filho, Edinho Lobão que é suplente. “Meu filho foi um excelente senador nos momentos que assumiu, fez um bom papel como político, mas eu pretendo continuar”, disse o candidato.
Voto contra Dilma
Edison Lobão votou a favor pela continuação do processo de impeachment. Questionado pelos jornalistas porque tomou tal decisão mesmo tendo sido ministro do governo Dilma, Lobão disse que a nação brasileira está acima de qualquer político, e que sua posição foi uma questão partidária.
“Não há democracia sem partidos políticos, o meu partido julgou por deliberar a cassação”, declarou.
Em contrapartida, Edison Lobão disse que foi o senador que primeiro votou pela não cassação dos direitos políticos da ex-presidente do Brasil, o que possibilitou que Dilma pudesse ser candidata também ao Senado nestas eleições.
Apoio de Lula no Maranhão
Questionado sobre a disputa do apoio politico de Lula no estado, disse: “A Dilma não tem a sensibilidade politica do Lula. Eu tenho uma estima e amizade imensa com Lula. Eu não considero justa a combinação contra o presidente Lula, a constituição diz que se deve esperar o julgamento no supremo tribunal. A edição do supremo que é a decisão final”.
Edison Lobão disse que o mais pobre precisa de ajuda, mas questionado por ter votado pela mudança nas leis trabalhistas, disse que a lei trabalhista era desde Getúlio Vargas, e que ajustes precisavam ser feitos. E que vão ser testados.
“Não existe trabalhador sem empregador. é preciso ajudar ambos, pra manter o trabalho. O trabalhador pode negociar com o empresário. Os sindicatos estão vigilantes, e os políticos também, inclusive eu próprio”.
Polarização com Flávio Dino
O senador declarou que segundo pesquisa recente, Roseana Sarney (MDB) está em uma crescente, que terá um segundo turno, e acredita em uma possível eleição de Roseana Sarney. Mas declarou que caso Flávio Dino seja reeleito, fará como sempre fez, e que não irá embargar recursos para o estado por conta de disputas políticas.
“Eu não tenho dificuldade de destinar recursos para o governo ou para prefeituras. E não vejo problemas em destinar recursos diretamente para os prefeitos sem precisar passar pelo governador, e isso incomoda Flávio Dino”, destacou.
Lava-Jato
Questionado sobre a sua opinião sobre a Operação Lava-Jato, Edison Lobão disse que a operação foi um bem não foi o mal. O senador disse que excessos precisam ser punidos é preciso. “Todos os que cometeram erros, precisam ser punidos por isso”, declarou.
No entanto, Lobão criticou o modelo de delação, que segundo ele, não é justa. A delação é um caminho para a justiça, não o final.