Será lançado na sexta-feira (22), às 10h, na Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), localizada na Avenida dos Holandeses, Calhau, o livro “Maria por Maria” ou “A saga da besta fera nos porões do cárcere e da ditadura”, de autoria do professor e jornalista, Euclides Moreira Neto.
O livro trata-se de uma narrativa autobiográfica da médica e ativista política, Maria José Camargo Aragão, maranhense que enfrentou a ditadura militar, onde foi presa e torturada, mas não desistiu de buscar por uma sociedade justa e democrática.
Defendia os direitos a moradia, alimentação, educação e saúde aos menos favorecidos, além de colocar as mulheres no cenário politico, onde predominava o domínio masculino. O autor, Euclides Moreira Neto, compilou uma série de entrevistas realizadas com Maria Aragão, no ano de 1988 e que foram transcritas após sua morte, ocorrida em 1991.
Todas as entrevistas foram gravadas em vídeo no sistema VHS e o jornalista teve a preocupação em preservar, no momento da transcrição, os detalhes dos acontecimentos narrados pela comunista, para que o leitor possa compreender o que, de fato, ela queria dizer. Moreira Neto destacou que Maria Aragão foi uma mulher cheia de qualidades e, sobretudo, humanitária. “Percebemos que foi humilde, altiva, guerreira e combativa com aqueles que compartilharam de sua vida, assim como cultivava um profundo amor por aqueles que consideravam como amigos e por seus filhos adotivos, de quem falava com muito carinho e orgulho”, disse.
O autor espera que o livro “Maria por Maria” seja mais um testemunho fidedigno da ação de uma mulher que se doou à causa do socialismo e à luta por um mundo melhor e mais igualitário, sem opressores e oprimidos. “Que seus erros e acertos sejam lições de vida para todos nós, pois, eu compartilho desses mesmos ideais”, frisou.
Sobre o autor Euclides Barbosa Moreira Neto é formado em Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, pela Universidade Federal do Maranhão; é mestre em Comunicação pela Universidade Fluminense e é doutorando do Curso de Estudos Culturais, pela Universidade de Aveiro, Portugal.
Atualmente é professor do Curso de Comunicação Social, da UFMA. Euclides Moreira Neto já exerceu a função de conselheiro, do Conselho Estadual de Cultura do Maranhão (1991-1994) e (2007-2008); reorganizou e presidiu o Conselho Municipal de Cultura de São Luís (2009-2012). Ele coordenou vários projetos culturais de abrangência nacional, destacando-se o Festival Guarnicê de Cinema e o Festival Brasileiro de Canto Coral no Maranhão (FEMACO) e também dirigiu e produziu vários filmes, obtendo diversas premiações em festivais de cinema e vídeo pelo Brasil, destaque para os filmes “Mutações”, “Colonos Clandestinos” e os vídeos “A Saga Maranhense” e “O lavrador de palavras”.