Nesta quarta-feira (22) uma dezena de refugiados africanos sentou-se ao lado do Papa Francisco durante a audiência geral semanal na praça de São Pedro. Os refugiados sentaram-se no chão, cinco de cada lado, segurando nas mãos pequenas bandeiras do Estado do Vaticano.
“Hoje estou acompanhado por estes rapazes. Muitos pensam que era melhor se ficassem na terra deles, mas ali havia muito sofrimento”, disse o Papa, indicando os africanos. “São os nossos refugiados, mas são excluídos por muitos. Por favor, são nossos irmãos. O cristão não exclui ninguém, há lugar para todos”, complementou.
Francisco dedicou a catequese ao encontro de Jesus com o leproso, sobre a necessidade de recusar “todos os preconceitos humanos”. O Papa sempre se mostrou muito sensível perante a crise dos refugiados na Europa, e chegou a qualificar como a “pior catástrofe humana desde a Segunda Guerra Mundial”.
Além das visitas às ilhas de Lampedusa, em Itália, e de Lesbos, na Grécia, dois símbolos do drama da migração para a Europa, Francisco também realizou gestos mais concretos, como alojar famílias sírias no Vaticano. Na sexta-feira (17), nove sírios, entre os quais dois cristãos, que estavam em Lesbos, chegaram a Roma por iniciativa do Papa.
Este grupo de refugiados junta-se aos 12 que viajaram com Francisco, na sequência da visita, a 16 de abril, a Lesbos. A associação humanitária católica Comunidade de Santo Egídio está encarregada do alojamento e programa de integração.