Nesta quarta feira (3), os mercados internacionais fecharam em alta após tensões entre os EUA e China envolvendo a autonomia de Taiwan. No Brasil, o Ibovespa teve leve alta de 0,4% ficando nos 103.774 pontos. Comportamento refletiu a espera da decisão da taxa de juros pelo Banco Central.
No inicio da noite, o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central subiu a taxa de juros, a SELIC, em 0,5 ponto percentual. A taxa anual estava 13,25% ao ano, com este novo reajuste, a taxa fica em 13,75%. É a 12ª alta consecutiva desde março de 2021, sendo o maior patamar desde janeiro de 2017. O Banco Central utiliza a mudança na taxa de juros como medida para combater a inflação no país com intuito de diminuir o consumo, que como consequência acaba deixando o crédito mais caro.
Apesar da alta na taxa de juros, já podemos observar o comportamento de alguns componentes que influenciam na inflação. Fatores e medidas como o recuo nos preços do barril de petróleo, commodities minerais e alimentícias, somadas a redução do ICMS sobre os combustíveis, gás de cozinha, energia elétrica e nos meios de comunicações. Já sentimos o efeito de queda nos preços ao consumidor final e produtores, deixando um sinal de que a inflação poderá começar um movimento de queda e proporcionar a melhora no poder de compra da população.
Lembrando que ainda devemos acompanhar o cenário econômico internacional que exerce forte influência no comportamento do dólar que consequentemente afeta as importações e exportações.
Wagner Matos -economista