sábado, 21 de dezembro de 2024

TJMA promove roda de conversa sobre a Mulher Negra

O evento é referente à programação do mês internacional da luta e da resistência da mulher negra

O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), por meio do Comitê da Diversidade e da Unidade de Monitoramento Carcerário (UMF), realizou nessa sexta-feira (15), uma roda de conversa na Unidade Feminina de Pedrinhas, em alusão ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha e ao Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, comemorados no dia 25 deste mês.

O trabalho em conjunto do Comitê de Diversidade com a UMF visa promover rodas de diálogos com meninas que cumprem medidas socioeducativas e com mulheres do sistema prisional, com o objetivo de fortalecer as políticas judiciárias com a representatividade de mulheres que atuam no contexto da educação antirracista, tanto no sistema de Justiça quanto na política de educação.

RODA DE CONVERSA

A advogada Luanna Lago conduziu a roda de conversa com as internas da Unidade de Monitoramento. Na ocasião, a convidada lançou o desafio “vem ser Firmina”, convidando as participantes a protagonizarem as narrativas de suas vidas, como Maria Firmina dos Reis no contexto em que viveu. 

A advogada utilizou obras da escritora, como “A Escrava”, para demonstrar a importância de Firmina na luta antirracista, ao expor em seus livros as crueldades sofridas pelos negros. 

“Maria Firmina é um nome que deve ser eternizado em nossas memórias e discussões” disse a convidada, que frisou a importância das internas conhecerem histórias como a de Firmina, para se inspirarem e colocarem em prática todo o empoderamento que surge a partir das reflexões.

Joseane Cantanhede, membra do Comitê de Diversidade conversou com as internas a respeito da vulnerabilidade social das mulheres negras. A bibliotecária finalizou sua fala ressaltando a contribuição de Maria Firmina dos Reis no contexto da escravização, e a importância do legado da escritora na atualidade. “Como disse Maria Firmina: A mente, essa ninguém pode escravizar”, destacou.

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