quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Universidade Estadual do Maranhão emite nota de repúdio contra PEC 241

Contra PEC 241, que limita gastos público por até 20 anos, vários servidores federais assim como também instituições vem se manifestando em desfavor da medida. Em São Luís não é diferente, a Universidade Estadual do Maranhão emitiu nota de repúdio e ontem (24) ainda houve protesto em frente a Universidade Federal do Maranhão.

Por meio de nota, a UEMA disse que é Inaceitável que especialmente a educação pública seja precarizada no seu financiamento com a medida aprovada. Sendo então reduzida a números e índices em nome de um ajuste fiscal que foi imposto.

Aprovada pelos deputados em primeiro turno no dia 10, por 366 votos a 111 e com duas abstenções. A PEC ainda tem suscitado reações inflamadas por parte de quem é contra e a favor. O governo espera manter a mesma margem de votos que teve na aprovação em primeiro turno da proposta de emenda à Constituição que limita os gastos públicos, ou até ampliá-la, na votação marcada para esta terça-feira (25) na Câmara dos Deputados.

Veja nota na íntegra:

A Administração Superior da Universidade Estadual do Maranhão vem a público manifestar sua posição contrária ao Projeto de Emenda Constitucional (PEC) nº. 241, sobretudo no que se refere à desvinculação de receitas e à fixação de teto de gastos para a saúde, a educação, a ciência e tecnologia.

Inaceitável que, como resultado de políticas imediatistas, especialmente a educação pública seja precarizada no seu financiamento, reduzida a números e índices em nome de um ajuste fiscal que foi imposto, como tantas outras “medidas”, sem uma ampla discussão com a sociedade.

A universidade pública, de um modo em geral, que convive há anos com os efeitos desastrosos dos contingenciamentos orçamentários, das claras tentativas de privatização e dos atentados flagrantes à sua autonomia, poderá sofrer um golpe definitivo em sua missão e na sua atuação.

Ratifica, por conseguinte, em nome das conquistas históricas do povo brasileiro, em especial do povo maranhense, sua posição firme de defesa dos direitos constitucionais referentes à educação pública e de qualidade, na busca da meta de aplicação de 10% do PIB na educação, não admitindo retrocessos de nenhuma natureza, muito menos à custa dos mais pobres e menos assistidos, e do sucateamento das instituições universitárias.

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