A venda de carne nas feiras e mercados de São Luís e o abate desses animais caiu quase 40% neste ano. O consumo caiu de 120 toneladas para 80 toneladas por dia. O preço da carne continua estável nos últimos 90 dias, mas a queda na procura se dá ainda por conta dos reflexos da crise financeira que afetou o país nos últimos anos.
Os consumidores estão dando preferência para comprar carne nos supermercados porque lá é possível comprar no cartão e parcelar, o que não é possível no mercado, onde se compra só à vista.
Em junho, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) anunciou que o preço da carne aumentou 3,08 % na capital, mas donos de churrascarias afirmam que o aumento repassado pelos frigoríficos foi de até 20%.
Dados do último Censo Agropecuário divulgado pelo IBGE mostraram que em 10 anos houve a redução de 144.445 mil cabeças de gado no Maranhão. Segundo o Governo do Estado, os empresários estão optando por usar as áreas para o plantio de grãos com foco na exportação.
Já o Sindicato dos Talhadores de Carne de São Luís diz que a chegada da estiagem pode elevar os preços da arroba do boi. Em julho o preço foi R$ 138, quando a média do ano é de R$ 142.
Com a falta de dinheiro e o preço do produto que sempre é um dos mais caros, os consumidores acabam optando por comprar carne de porco ou frango que sempre estão mais baratos.
Existem atualmente três abatedouros municipais que abastecem a região metropolitana de São Luís. As feiras detinham 49% do comércio de carne na área metropolitana e hoje quem detém essa maioria são os supermercados.
