O ministro Sergio Moro fala ao Senado, desde o início da manhã desta quarta-feira, sobre as reportagens publicadas pelo The Intercept Brasil, que mostravam mensagens trocadas entre ele e o procurador Deltan Dallagnol, enquanto Moro era juiz responsável pela Operação Lava Jato.
Durante o debate, Moro afirmou que não tinha ligações com Bolsonaro, que foi sondado por Paulo Guedes antes do segundo turno, e que aceitou o convite para combater a corrupção. Weverton (PDT-MA), questionou Moro, afirmando que ele não foi imparcial no processo do ex-presidente Lula.
“Quero deixar claro para o Ministro que não estamos discutindo a pessoa Sérgio Moro ou o combate a corrupção, não se trata disso. O que nós estamos discutindo aqui, de modo objetivo é a conduta de um juiz, que é legítima. Quando um cidadão procura a justiça ele espera o máximo de parcialidade no processo. Por isso, senhor ministro, você fala que combateu a corrupção na Lava Jato e veio para o governo Bolsonaro para continuar a fazer esse combate. O senhor, como ministro da Justiça, já tomou providencias concretas para as questões internas dentro do governo, com denúncias seríssimas de milícias e laranjas? Qual é a posição e postura que o senhor como ministro da Justiça, combatente da corrupção, está fazendo nesse novo time que o senhor acaba de vestir a camisa?”, perguntou o senador do Maranhão.
Na resposta, Moro divagou sobre “problemas herdados dos governos anteriores” e afirmou que um concurso público irá contratar 500 funcionário.
Ministro mais popular do Governo, Sergio Moro viu seu apoio diminuir após o vazamento das conversas pelo The Intercept Brasil, que cita uma fonte anônima como fornecedora do lote de arquivos com mensagens de texto, áudio e vídeo trocadas por integrantes da força-tarefa entre 2015 e 2018 pelo aplicativo Telegram.