No fim da noite desta segunda-feira, o Secretário de Estado de Segurança Pública, Jefferson Portela, se manifestou em sua conta no twitter sobre o caso de feminicídio contra Bruna Lícia, cometido pelo seu esposo Carlos Eduardo Nunes, que é policial militar, no último sábado (25). Na ocasião, o secretário também mencionou que o soldado da PM Tiago de Jesus também seria alvo de investigação interna em decorrência de seu comportamento nas redes sociais.
A situação começou porque, em resposta a um tweet de repúdio ao caso, publicado pelo perfil “Isabelle G”, o soldado Tiago de Jesus naturalizou o feminicídio, justificando que o ato poderia ser considerado natural caso fosse consequência de uma traição. Veja fotos.
Em posicionamento no microblog, Jefferson Portela informou que “foi instaurado procedimento para apurar a conduta do Soldado PM Tiago de Jesus”. Ele disse também que feminicídio deve ser tratado como crime por todos os integrantes do sistema de segurança.
Feminicídio é crime e como tal deve ser tratado por todos os integrantes do Sistema de Segurança. Informo que foi instaurado procedimento para apurar a conduta do Soldado PM Tiago de Jesus.
— Jefferson Portela (@jeffersonporte1) January 28, 2020
O Departamento de Combate a Crimes Tecnológicos, coordenado por Odilardo Muniz, foi acionado e a assessoria informou que todo o material será periciado durante investigação que começa nesta terça-feira (28).
Entidades se manifestam
Após ser veiculado na grande mídia local o caso de feminicídio registrado no último sábado (25), quando Carlos Eduardo Nunes atirou contra a esposa, Bruna Lícia, e o amante, identificado como José Willian, o assunto passou a ser muito comentado em todas as esferas da cidade. Entidades representativas também se posicionaram sobre o episódio.
Nesta segunda-feira (27), a OAB-MA, por meio da Comissão da Mulher e da Advogada (CMA-MA), divulgou nota de repúdio contra a violência refletida no caso em questão. Em comunicado oficial, a Ordem informou que “diante tamanha atrocidade, não seremos complacentes com tamanho desrespeito à dignidade da pessoa humana e banalização da vida”.
Quem também se manifestou foi o Fórum Maranhense de Mulheres.