terça-feira, 30 de abril de 2024

Bancas de revistas retiradas da Deodoro acumulam prejuízos

Foto: Reprodução / TV Guará

Cristiane até se emociona! Há mais de 10 anos ela trabalha com a venda de revistas, livros e lanches. A banca dela funcionava  na Praça Deodoro, mas com a reforma do local, foi remanejada  para ao lado do colégio Liceu. Nesse processo de mudança, a banca foi destruída e Cristiane precisou gastar 10 mil reais na reforma. Um dinheiro que ela ainda não teve retorno, pois funcionando agora em um outro local, ela só acumula prejuízos.

“Desde quando a prefeitura nos tirou da praça, prometendo um retorno. Até antes da inauguração, eles prometeram reunir, conversar.. Depois que inaugurou, ninguém mais nos procura. Já estamos aqui há um ano e nada de venda. Estou devendo o banco, porque ao vim para cá a nossa banca foi destruída porque a Prefeitura trouxe a gente duas horas da manhã de uma segunda-feira e quando chegou aqui o motorista não tinha mais paciência. A banca foi destruída, gastamos R$10 mil para reformar e cadê o retorno?”, questiona a jornaleira Cristiane Gusmão.

Em janeiro do ano passado, as barracas, quiosques e bancas de revistas que funcionavam na Praça Deodoro, foram removidas pela Prefeitura de São Luís para facilitar as obras de requalificação desses espaços públicos pelo programa Pac Cidades Históricas. A promessa é de que pelos menos seis bancas de revistas retornariam ao local em um novo formato, mas até agora nada foi feito.

Enquanto isso, as bancas funcionam de forma improvisadas  perto do Liceu Maranhense e na lateral do prédio do antigo Colégio Marista. Jornaleiro há 40 anos, José de Ribamar também viu as vendas despencarem com a mudança de local. Devido ao fraco movimento e aos constantes assaltos, as bancas até precisam fechar mais cedo. Ele conta que já tiveram encontros dos jornaleiros com a Prefeitura de São Luís e que também aguardam a resposta da Promotoria do Meio Ambiente, que no final deste mês também chegou a fazer a retirada de bancas de jornais no Renascença.

“A gente entrou em contato com o IPHAN, que era o órgão que iria executar a obra, e foi confirmado para a gente e até mostrado o croqui no qual estava localizado as cinco bancas, quiosques, com energia e tudo. Mais ou menos 15 dias antes de terminar a reforma, nós fomos procurados pelo secretário e ele mandou que os jornaleiros pintassem as bancas.. Então nos pintamos as bancas, mudamos os pisos, fizemos tudo pra voltar para a praça nova, mas na hora de voltar eles alegaram que o promotor, seu Fernando Barreto, tinha vetado a volta das bancas”, explica José de Ribamar.

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