quarta-feira, 1 de maio de 2024

Serviço Móvel de Urgência em crise

Foto: Thadeu Pablo / Tv Guará

A situação do Serviço Móvel de Urgência em São Luís (SAMU) está complicada. O Sindicato dos Servidores do órgão denunciam que a precariedade, devido à falta de cuidado da Prefeitura de São Luís. Em agosto do ano passado, cinco ambulâncias foram perdidas devido à ausência de interesse da Prefeitura.

De acordo com o presidente do sindicato, Agnaldo Serra, falta equipamentos e materiais básicos. “Nós temos problemas com colchões, com macas, uniformes, materiais de consumo nosso, tipo papel higiênico, não temos copo descartáveis para usar. Também porque no dia 20 de agosto de 2018, pela portaria 2571, o Samu perdeu repasse de cinco ambulâncias e essas ambulâncias foram definitivas. No total de 1 milhão e 23 mil e mais alguns centavos”, afirmou Agnaldo Serra.

Em março, a Prefeitura de São Luís acabou tendo suspensos recursos repassados pelo Governo Federal exclusivamente para o SAMU. A portaria nº 424 do Ministério da Saúde, baixada em 25 de março de 2019, diz que “considerando que não foram atendidos os requisitos exigidos na Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, que se enquadram no art. 932, o que permite que o Ministério da Saúde suspenda o repasse do incentivo de custeio mensal destinado às Unidades Móveis do Componente (SAMU 192) e/ou à sua respectiva Central de Regulação das Urgências (SAMU 192) (…), resolve: (…) Fica suspenso o repasse de recurso financeiro destinado ao incentivo de custeio mensal de Unidades de Suporte Básico (USB) e Unidade de Suporte Avançado (USA), pertencentes ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) do Município de São Luís (MA)”. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União e entrou em vigor imediatamente.

Foto: Thadeu Pablo/Tv Guará

Ainda de acordo com o Agnaldo Serra, por meio da portaria 424 de 25 de março de 2019, foram suspensos também os repasses de mais 12 ambulâncias, que são as ultimas que ainda estariam rodando na cidade.  A categoria denuncia ainda que enquanto a Prefeitura perde recursos e materiais que poderiam ajudar no dia-a-dia do atendimento médico de urgência e emergência, outros gastos são feitos com serviços de menor importância, como a contratação de ponto eletrônico facial.

Conforme informou o sindicato, este serviço custa, aos cofres públicos, 93 mil reais mensais. Ao longo de um ano, terá sido gasto mais de 1 milhão de reais com o serviço. Dinheiro que ajudaria muito na manutenção da folha salarial e deixaria margem de folga. Essa situação deixou os servidores do SAMU em estado de alerta. Na quarta-feira, eles iriam paralisar as atividades, mas uma ação judicial da prefeitura fez os planos mudarem. “Quer dizer, é mais um custo para o nosso município sem ter necessidade. E para que aumentar os custos se nós estamos é perdendo verba federal. Aí a gente pergunta: como fica a situação do Samu? Daqui uns dias vai ter que fechar as portas? E a população, vai ser atendida como?”, questionou Agnaldo Serra.

Foto: Thadeu Pablo / Tv Guará

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