Trabalho! 364 mil pessoas estão desocupadas no estado do Maranhão

O IBGE divulgou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua – referente ao 4º trimestre de 2021.

No Maranhão, a população desocupada foi estimada em 364 mil pessoas, e não apresentou variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo período do ano anterior (365 mil pessoas). Entretanto, em relação ao trimestre anterior (3º trimestre de 2021), houve uma redução de 45 mil pessoas, ou seja, variação de 11,1%.

Já a taxa média anual, no Maranhão, foi de 15,8%, o que indica uma tendência de recuperação frente à de 2020 (16,2%), ano em que o mercado de trabalho sentiu os maiores impactos da pandemia causada pelo coronavírus.

Apesar da redução, os números do Maranhão seguem acima da média nacional, que apresentou uma taxa de desocupação de 11,1% no 4º trimestre de 2021, mas abaixo da média da região nordeste (14,7%).

As três maiores taxas de desocupação foram detectadas nas seguintes Unidades da Federação (UFs): Amapá (17,5%), BA (17,3%) e PE (17,1%). O Maranhão teve a 7ª maior taxa de desocupação dentre as 27 UFs. As três UFs com menores taxas de desocupação foram: Santa Catarina (4,3%), Mato Grosso (5,9%) e Mato Grosso do Sul (6,4%).

Força de trabalho
A força de trabalho engloba as pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas e as desocupadas que procuraram trabalho no período de referência da pesquisa. Essa é a definição geral de força de trabalho. No Maranhão, 2,725 milhões de pessoas estão na força de trabalho, enquanto 2,716 milhões não estão. A situação da força de trabalho em termos de números absolutos no 4º trimestre de 2021, denotou um patamar acima do existente antes da pandemia: 2,636 milhões no 1º trimestre de 2020.

Pessoal ocupado
Estimado em 2.361 milhões de pessoas, aumentou em 223 mil pessoas, (10,4% em relação ao mesmo período do ano anterior). Entretanto, em relação ao trimestre anterior (2.317 milhões), não houve variação estatisticamente significativa. Em relação ao pessoal ocupado por atividade econômica, tem-se a seguinte situação para o Maranhão se comparando o 3º trimestre com o 4º trimestre de 2021.

Em 2021, na passagem do 3º trimestre para o 4º trimestre, no caso do Maranhão, um dos setores que se destacou como criador de postos de trabalho, com comportamento estatisticamente significativo foi a indústria (+24 mil postos de trabalho a mais; +17%).

Na contramão desse movimento de alta, um grupamento de atividades afetado negativamente na quantidade de postos de trabalho foi a Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (- 26 mil vagas; -7,5%).

Vale ressaltar que, em números absolutos, observando o comportamento do setor primário (agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura) do Maranhão, no início da década de 2010, quando foi iniciada a série da PNAD C Trimestral, 1º trimestre de 2012, a força de trabalho ocupada em atividades do setor primário no

Maranhão era mais que o dobro da existente atualmente (30,3% do total geral, com um contingente de 758 mil pessoas ocupadas em atividades do setor primário).

Empregados no setor privado
O IBGE classifica o pessoal ocupado em seis categorias básicas: empregado do setor privado, trabalhador doméstico, empregado do setor público, empregador, conta própria e trabalhador familiar auxiliar. Quando observamos somente o pessoal ocupado como empregado no setor privado no 4º trimestre de 2021, tem-se uma massa de 926 mil pessoas, sendo que 50% (463 mil) tinham carteira de trabalho assinada enquanto 50% (463 mil) não tinham.

O número de pessoas com carteira de trabalho assinada, em 463 mil pessoas, apresentou um aumento de 63 mil pessoas, (15,8% em relação ao mesmo período do ano anterior). Entretanto, em relação ao 3º trimestre de 2021 (459 mil pessoas), não houve variação estatisticamente significativa.

Em relação ao número de pessoas sem carteira de trabalho assinada, as 463 mil pessoas, denotam um aumentou em 46 mil pessoas, (11,1% se comparado ao 4º trimestre de 2020). Entretanto, em relação ao trimestre anterior (465 mil pessoas), não houve variação estatisticamente significativa.

Quanto aos trabalhadores domésticos, no Maranhão, houve diminuição no contingente absoluto de pessoas ocupadas e assim classificadas no transcurso do 3º para o 4º trimestre de 2021. Eram 152 mil no 3º trimestre de 2021, tendo o contingente se reduzido para 145 mil no 4º trimestre: -4,5% (7.000) postos de trabalho.
A taxa de informalidade desse contingente de trabalhadores cresceu, com impacto significativo do ponto de vista estatístico. De 85,6% de trabalhadores domésticos informais no 3º trimestre de 2021, passou, agora, no 4º trimestre, para 89% (aumento de 3,4 pontos percentuais).

Massa médio real habitual recebido de todos os trabalhos
A massa de rendimento real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas recebida no Maranhão alcançou, no 4º trimestre de 2021, a quantia de R$ 3,361 bilhões, estatisticamente estável à estimada no trimestre imediatamente anterior: R$ 3,511 bilhões, mas significativamente superior ao 4º trimestre de 2020 (R$ 3.239 bilhões).

Rendimento médio real habitual recebido de todos os trabalhos
O rendimento médio recebido pelas pessoas ocupadas no Maranhão no 4º trimestre de 2021 foi de R$1.463, enquanto no trimestre imediatamente anterior, foi de R$1.559, apresentando um movimento de queda de -6,1%.

Objetivo da PNAD Contínua Trimestral
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD C) trimestral traz um panorama geral da força de trabalho no Brasil. É a pesquisa mais abrangente sobre o mercado de trabalho do país, pois observa tanto o lado formal quanto o lado informal do mercado de trabalho. É aqui fundamentalmente que a PNAD C se diferencia do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Para cada uma das Unidades da Federação (UFs), tem-se um conjunto de indicadores. Nesse informativo são apresentemos alguns dados sobre o Maranhão.

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