sexta-feira, 26 de abril de 2024

A Economia e a Política andam juntas

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

A situação econômica no mundo, após a pandemia mostrou as fragilidades e falhas nas políticas fiscais e monetárias, tanto de países desenvolvidos ou emergentes.

E estamos vendo um descompasso muito grande na tomada de decisão, que juntas teriam mais benefícios e velocidade na recuperação de atividades econômicas.

Na política monetária, a independência dos bancos centrais, geram melhor comunicação e alinhamento entre eles, facilitando as decisões que trazem melhoras, mesmo que momentâneas. Já na política fiscal, os legisladores não têm a mesma agilidade, e por isso, acabam dificultando o processo de retomada, gerando mais incertezas.

Vamos ver o que acontece no Brasil, as causas:

1- O governo central não tem unidade política com os legisladores (Câmara e Senado), que gera lentidão em qualquer proposta que poderia beneficiar a situação do país;

2- Os esforços para manter o teto de gastos é constante, mas sempre existe uma ameaça de interferências dos poderes. Por exemplo, os precatórios pelo judiciário ou mudanças no orçamento pelo Congresso sem apontar as compensações.

3- A crise hídrica é consequência de falta de planejamento do sistema elétrico, que existe há vários governos, já poderiam ser amenizados ou evitados.

4- A inflação que tem uma origem em duas partes. A primeira vinda dos da elevação dos custos de energia elétrica, combustíveis e crise hídrica. A outra parte vem da desvalorização do câmbio por cenário político local tenso, rupturas de cadeias de abastecimento e valorização das commodities agropecuárias, petróleo, minério de ferro e seus derivados.

Todas essas questões que dificultam a retomada da economia, geração de emprego e segurança jurídica tem um problema em comum, o desentendimento político. Fato que despertou uma atenção maior da população que vem vocalizando essas insatisfações, deixando uma vontade maior por mudanças nas próximas eleições. Muitos políticos ainda não perceberam o poder da informação na palma da mão (celular), que geram áudios, vídeos e mensagens de textos em redes sociais e compartilhamento pelo WhatsApp com suas conclusões certas ou equivocadas. Esse processo que faz os eleitores antigos a repensarem sobre a transformação da política atual e um detalhe que não tínhamos anteriormente, o acompanhamento das decisões do judiciário, principalmente o STF.

Temos ainda um longo período até as eleições e muita coisa pode acontecer para melhorar ou piorar, seja na política ou economia, que andam de mãos dadas sempre. Mas convido a vocês a observarem com mais cuidado, o interesse da população em política e políticos.

Wagner Matos – Economista

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