sexta-feira, 26 de abril de 2024

Bancada do MA pede explicações sobre acordo

Eliziane Gama (PPS) pede a palavra no plenário do Senado Federal durante sessão (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

Parlamentares maranhenses criticaram a falta de clareza do presidente Jair Bolsonaro (PSL), em comemorar a assinatura que autoriza os Estados Unidos explorar comercialmente a Base de Alcântara sem apresentar o conteúdo do documento ao povo. O texto foi assinado na segunda-feira (18), em Washington (EUA).

A senadora Eliziane Gama (PPS), protocolou requerimento pedindo que o Ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes e o Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo sejam ouvidos pelo Senado Federal sobre os detalhes do Acordo de Salvaguardas Tecnológicas Brasil.

“Não pode se deixar de considerar, por exemplo, a primazia do governo estadual, a importância do governo na realização de um acordo dessa natureza, porque ele passaria a ser ignorado e automaticamente não poderia compreender e fazer parte desse projeto, que, se tiver a importância necessária, poderá trazer benefícios não apenas para o Maranhão, mas para o Brasil”, comentou.

Weverton Rocha (PDT), reforçou no Plenário do Senado suas preocupações e disse que o Congresso precisará analisar o tema com atenção. “O acordo assinado por Bolsonaro com os EUA para uso da base de Alcântara passará pelo Congresso e eu darei atenção especial a dois pontos: preservação da soberania nacional e garantia do respeito aos direitos dos quilombolas que ocupam a área hoje reivindicada pela base”, afirmou

Na Câmara dos Deputados, Márcio Jerry (PCdoB) liderou uma série de pedidos apresentados para acompanhar os detalhes o acordo sobre a base, solicitando a presença de Pontes e Araújo para serem ouvidos pela Casa.

“As comunidades quilombolas perderam território com a base. Falta investimento e estrutura para aquela população. Temos que ver se os problemas que existiam na região foram resolvidos”, declarou Jerry.

O parlamentar criticou a também falta de diálogo do presidente Bolsonaro com os deputados. “Um acordo dessa magnitude poderia ter sido previamente apresentado ao país. Não sabemos o inteiro teor. Agora ele tem que vir para Câmara e ser debatido”, completou.

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