sexta-feira, 26 de abril de 2024

Brasileiros consideram saúde e segurança os piores serviços públicos

Saúde e segurança pública são os serviços públicos mais mal avaliados pelos brasileiros, segundo a pesquisa “Retratos da Sociedade Brasileira – Serviços Públicos, Tributação e Gastos do Governo”, divulgada nesta terça-feira (12) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Com base na avaliação da população, foi construído um índice de difusão que vai de zero a 100. Valores acima de 50 pontos indicam que a parcela da população que considera o serviço de alta ou muito alta qualidade é superior à parcela que considera o serviço de baixa ou muito baixa qualidade. Quanto maior o indicador, maior o percentual da população que avalia positivamente os serviços. Da mesma forma, valores abaixo de 50 pontos indicam maior avaliação negativa do serviço.

Nenhum serviço público apresenta índice superior a 50, limite a partir do qual a avaliação da qualidade do serviço é considerada positiva. Ou seja, de todos os serviços considerados pela pesquisa, nenhum deles recebeu uma avaliação positiva.

Os serviços de saúde e segurança são os que apresentam índices mais baixos: os postos de saúde e hospitais apresentam 20 pontos e a segurança pública, 22 pontos. Os três serviços públicos melhor avaliados são fornecimento de energia elétrica (48), Correios (46) e fornecimento de água (42).

São 13 quesitos considerados: fornecimento de energia elétrica, correios, fornecimento de água, iluminação pública, educação superior, limpeza urbana, educação fundamental e ensino médio, transporte público, rodovias/estradas, conservação de ruas e avenidas, atendimento nas repartições públicas, segurança pública, e postos de saúde e hospitais.

Entre a pesquisa realizada em julho de 2013 e a pesquisa atual, realizada em março de 2016, os índices de seis dos treze serviços públicos analisados caíram: correios, atendimento à população nas repartições públicas, rodovias/estradas, limpeza urbana e fornecimento de água.

Já cinco tipos de serviços públicos tiveram ganho de avaliação entre 2013 e 2016, sendo os maiores ganhos verificados em segurança pública (índice passa de 14 para 22), no transporte público (índice passa de 22 para 28) e em postos de saúde e hospitais (índice passa de 15 para 20).

Em relação a 2010, verifica-se queda na avaliação de todos os serviços, exceto fornecimento de energia elétrica, que manteve o mesmo índice nas três pesquisas, e os Correios, que não foram avaliados na pesquisa de 2010.

Segundo a CNI, é interessante destacar que os serviços de postos de saúde e hospitais, segurança pública, transporte público, educação básica (fundamental e média) e educação superior apresentaram grande redução no índice entre 2010 e 2013, mas recuperaram parte dessa perda em 2016. Isso pode estar relacionado ao ambiente de crítica aos serviços públicos em 2013, principal mote das manifestações daquele ano.

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