No país entre os 5.570 municípios brasileiros, apenas 2.126 têm políticas de saneamento básico. Esse fato acaba intervindo na qualidade de vida da população. Resultando para o Sistema Único de Saúde (SUS) gasto de R$ 100 milhões somente no ano de 2017, para pacientes internados por doenças causadas pela ausência de saneamento básico e acesso à água de qualidade. O dado é maior em relação o ano de 2016, pois foram registrados 350,9 mil internações em todo o Brasil gerando custo de R$ 129 milhões.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada dólar investido em água e saneamento resultaria em uma economia de US$ 4,3 em custos de saúde no mundo. Recentemente, organizações ligadas ao setor privado de saneamento, reunidas em São Paulo, reforçaram a teoria da economia produzida por este investimento. Pelas contas do grupo, a universalização do saneamento básico no Brasil geraria uma economia anual de R$ 1,4 bilhão em gastos na área da saúde.
No mesmo evento – Encontro Nacional das Águas – os representantes das empresas apontaram que dos 5.570 municípios do país, apenas 1.600 têm pelo menos uma estação de tratamento de esgoto e 100 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à tratamento de esgoto.
Atualmente, de acordo com o Instituto Trata Brasil, apenas 44,92% dos esgotos coletados no país são tratados. O Brasil tem uma meta de universalização do saneamento até 2033. Este objetivo previsto no Plano Nacional de Saneamento Básico representaria um gasto de cerca de R$ 15 milhões anuais, ao longo de 20 anos. E este é um dos desafios para os governantes a serem eleitos em outubro.
Maranhão
Segundo a pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) em junho de 2018, revelou que o estado do Maranhão, tem o maior índice de 69,9% moradores que convivem com a falta de tratamento do esgoto e água de qualidade. Existe ainda um dado mais preocupante que afeta a saúde dos maranhenses, cerca de 26,1% das moradias em área de risco onde não há destino adequado do lixo, representando o índice mais elevado do país.
O pesquisador do CEMADEN, Deninis Rodrigues ressalta que os problemas causado pela ausência de infraestrutura pode resultar para a população grandes prejuízos, “A falta de saneamento, por exemplo, pode provocar inundações e deslizamentos e também crucial no pós-desastre, se as pessoas estarão expostas a águas servidas e não tratadas”, explicou.
Com informações da Agência Brasil