terça-feira, 19 de março de 2024

Brasileiros são afetados por doenças causadas pela falta de saneamento

No país entre os 5.570 municípios brasileiros, apenas 2.126 têm políticas de saneamento básico. Esse fato acaba intervindo na qualidade de vida da população. Resultando para o Sistema Único de Saúde (SUS) gasto de R$ 100 milhões somente no ano de 2017, para pacientes internados por doenças causadas pela ausência de saneamento básico e acesso à água de qualidade. O dado é maior em relação o ano de 2016, pois foram registrados 350,9 mil internações em todo o Brasil gerando custo de R$ 129 milhões.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cada dólar investido em água e saneamento resultaria em uma economia de US$ 4,3 em custos de saúde no mundo. Recentemente, organizações ligadas ao setor privado de saneamento, reunidas em São Paulo, reforçaram a teoria da economia produzida por este investimento. Pelas contas do grupo, a universalização do saneamento básico no Brasil geraria uma economia anual de R$ 1,4 bilhão em gastos na área da saúde.

No mesmo evento – Encontro Nacional das Águas – os representantes das empresas apontaram que dos 5.570 municípios do país, apenas 1.600 têm pelo menos uma estação de tratamento de esgoto e 100 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à tratamento de esgoto.

Atualmente, de acordo com o Instituto Trata Brasil, apenas 44,92% dos esgotos coletados no país são tratados. O Brasil tem uma meta de universalização do saneamento até 2033. Este objetivo previsto no Plano Nacional de Saneamento Básico representaria um gasto de cerca de R$ 15 milhões anuais, ao longo de 20 anos. E este é um dos desafios para os governantes a serem eleitos em outubro.

Maranhão

Segundo a pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) em junho de 2018, revelou que o estado do Maranhão, tem o maior índice de 69,9% moradores que convivem com a falta de tratamento do esgoto e água de qualidade. Existe ainda um dado mais preocupante que afeta a saúde dos maranhenses, cerca de 26,1% das moradias em área de risco onde não há destino adequado do lixo, representando o índice mais elevado do país.

O pesquisador do CEMADEN, Deninis Rodrigues ressalta que os problemas causado pela ausência de infraestrutura pode resultar para a população grandes prejuízos, “A falta de saneamento, por exemplo, pode provocar inundações e deslizamentos e também crucial no pós-desastre, se as pessoas estarão expostas a águas servidas e não tratadas”, explicou.

Com informações da Agência Brasil

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