O início do século XX assistiu ao auge do Modernismo em Portugal. Uma pequena amostra dessa arte multifacetada e neorrealista de gravuristas será trazida ao público de São Luís pela Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB) neste mês de julho. A Exposição Impressões Portuguesas já está aberta à visitação de férias, com gravuras de renomados artistas lusitanos e trabalhos manuais que remontam ao século XVII.
De acordo com o presidente da FMRB e secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão, a exposição foi inaugurada durante o Arraial das Mercês, realizado em parceria com o Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Maranhão.
“Decidimos manter por mais tempo a exposição Impressões de Portugal, a fim de que o público em geral também possa ter contato com essas peças que contam um pouco também da nossa história e da cultura de língua portuguesa”, pontuou o presidente.
Uma das mais icônicas obras da exposição é a serigrafia O Tigre, de Júlio Pomar. Principal nome da terceira geração de modernistas portugueses, Pomar passeia pelo realismo e neorrealismo, com influência da expressividade de Portinari e da geometrização do cubismo de Picasso.
Outro grande nome da exposição é Jorge Pinheiro e seu abstracionismo geométrico, com tendências expressionista e figurativa. Completam o panteão Armando Alves, Zumiro, Aguiar, Luís Demée, e o pintor mais laureado pela elite brasileira, quando de sua passagem pelo país nos anos 1980, Rui Preto Pacheco, com seu autoretrato.
As gravuras passam a compor a partir deste mês de julho uma exposição de obras portuguesas, que incluem vasos tradicionais, medalhas e uma importante coleção de astrolábios do século XVII, época do início da colonização portuguesa no Maranhão. A exposição inclui também duas coleções raras dos Sermões do padre Antônio Vieira, ambas do início do século XX.
A Exposição Impressões de Portugal está aberta para visitação no museu da FMRB, às segundas-feiras, das 14h às 17h, de terça à sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 12h. A entrada é franca.
