sexta-feira, 26 de abril de 2024

Criança de dois anos infectada com raiva segue em estado grave no Maranhão

A criança de dois anos infectada pelo vírus da raiva no Maranhão segue internada na UTI do Hospital Universitário, em São Luís. De acordo com a Secretária de Estado da Saúde (SES), ela está em estado grave, acompanhada por uma equipe médica e recebendo tratamento especializado imposto pelo Ministério da Saúde.

A infecção aconteceu a partir da mordida de um animal silvestre infectado no povoado de Santa Rita, em Chapadinha. O caso foi considerado suspeito no dia 22 de setembro e foi confirmado em 6 de outubro pelo Instituto Pasteur.

Desde a suspeição, equipes da Superintendência de Epidemiologia e Controle de Doenças do Estado do Maranhão, através do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) e do Departamento de Zoonoses vêm tomando todas as medidas cabíveis.

Este é o primeiro caso registrado de raiva em humanos nos últimos oito anos no Maranhão. As últimas notificações ocorreram em 2013, nos municípios de Humberto de Campos (1) e São José de Ribamar (1).

“As campanhas anuais de vacinação de cães e gatos, no Maranhão, associadas às demais medidas de controle, como a profilaxia antirrábica humana para pessoas expostas ao risco de contrair raiva, resultaram na erradicação da raiva humana por oito anos no estado”, afirmou a secretaria.

Com o caso atual, o Governo do MA e a Prefeitura de Chapadinha prometeram intensificar as ações de controle da raiva humana. Estão acontecendo vacinações contra o vírus e campanhas de conscientização.

Confira a lista de medidas preventivas e sintomas divulgada pela SES:

“Prevenção e sintomas

O vírus da raiva humana é do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. A transmissão ocorre pela inoculação do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e/ou lambedura de mucosas. O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central.

No caso de agressão por parte de algum animal, a assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível. Quanto ao ferimento, deve-se lavar abundantemente com água e sabão e aplicar produto antisséptico.

O esquema de profilaxia da raiva humana deve ser prescrito pelo médico, que avaliará o caso indicando a aplicação de vacina e/ou soro. Nos casos de agressão por cães e gatos, quando possível, observar o animal por 10 dias para ver se ele manifesta doença ou morre. 
A vacinação anual de cães e gatos é eficaz na prevenção da raiva nesses animais, o que consequentemente previne também a raiva humana.  

Para animais silvestres não há vacinação, por isso o indicado é nunca tocar em morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais. Em geral, os sintomas da doença são alterações de comportamento – confusão mental, desorientação, agressividade, alucinações; espasmos ao sentir água ou vento – hidrofobia; mal-estar geral; aumento de temperatura; náuseas; dor de garganta; entre outros.”

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