sexta-feira, 26 de abril de 2024

Índio Kaiapó é detido com 70 títulos de integrantes de sua etnia no MT

índio kaiapó
MT - ELEIÇÕES/ALDEIA CAPOTO ALTO/XINGU/ONTEM - POLÍTICA - Índios Caiapós, considerados pela comunidade indígena como os mais bravos e corajosos guerreiros indígenas da floresta, usam urnas eletrônicas para votar nas eleições presidenciais na distante aldeia Capoto Alto, no Parque Indígena do Xingu (MT), que é considerada a maior e uma das mais famosas reservas do gênero no mundo, em 29/10/2006. De um total de sessenta eleitores, apenas 18 votos foram contabilizados. Para transportar os mesários, as urnas e todo o aparato de transmissão de dados até as aldeias do Alto Xingu o TRE/MT utilizou transporte aéreo. A aldeia fica a 3h45 de vôo da capital Cuiabá. 30/10/2006 - Foto: DIDA SAMPAIO/AGÊNCIA ESTADO/AE

Um indígena Kaiapó foi detido neste domingo (7) no interior do estado do Mato Grosso portando 70 títulos de outros índios de sua etnia. Ele pretendia votar por todos os indígenas de sua aldeia. O fato ocorreu na zona eleitoral da cidade de Guarantã do Norte, segundo informações do Tribunal Regional Eleitora de Mato Grosso.

No período da manhã houve o registro de outra ocorrência envolvendo indígenas no Mato Grosso. Índios que vivem na região de Brasnorte receberam com flechas os militares do Exército que levaram a urna eletrônica para que 70 eleitores daquela região pudessem votar sem se deslocar da comunidade.

O juiz auxiliar da presidência do TER-MT, Lídio Modesto, explicou que os indígenas se recusaram inicialmente a votar na seção eleitoral que foi montada na aldeia, porque queriam votar na cidade. O caso foi resolvido com a mediação da Fundação Nacional do Índio (Funai). “O gabinete de gestão integrada teve que interceder por meio da Funai para que fossem apaziguados os ânimos e eles estão votando”, disse Modesto.

Outras ocorrências

O juiz informou ainda que pela manhã dois candidatos foram presos, um na região oeste do estado por entrega de santinhos e outro na capital, por tentativa de aliciamento de eleitores. Mais de 30 pessoas foram presas pela manhã por diferentes crimes como transporte irregular de eleitores, desobediência à Lei Seca, boca de urna e tentativa de justificativa por terceiros.

Agência Brasil

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