sexta-feira, 26 de abril de 2024

Os fenômenos inexplicáveis e divergentes das pesquisas nas eleições de 2022

As pesquisas eleitorais carregam consigo fenômenos, às vezes, difíceis de explicar. Na manhã desta terça-feira (27) saíram os números de mais uma consulta ao eleitorado maranhense. Trata-se da pesquisa do Instituto Econométrica, realizada entre os dias 12 e 16 de junho, envolvendo 55 municípios. Foram 1.468 entrevistas com margem de erro de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos; intervalo de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE com o número MA-01129/2022.

Os resultados trazem o governador licenciado Carlos Brandão (PDT) com 32,5% e o senador Weverton Rocha (PDT), com 25,1%. É esse resultado que nos faz buscar um motivo, primeiro para a dianteira, depois para o crescimento do governador Brandão, que está há mais de um mês fora do governo, fora de São Luís, fora da campanha, trancado num hospital, em tratamento de saúde.

Nas inaugurações de que vem participando o governador em exercício, o presidente do Tribunal de Justiça Paulo Velten, por impedimento legal, ético e etc, não traz um tom de campanha, de elevação do nome de Brandão em busca de conquistas eleitorais. O governador em exercício vem apenas cumprindo seu papel institucional de substituir o govenador, uma vez que não existe vice e o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto não quis assumir o cargo para não perder a elegibilidade na reeleição que pretende disputar.

O senador Weverton Rocha está com o pé na estrada, desenvolvendo muitas conversas, recebendo apoios importantes (como o recente apoio do prefeito de São Luís, Eduardo Braide), ou seja, embora seja uma pré-campanha (uma vez que ainda não houve as convenções), o ritmo do senador é intenso, franco e ostensivo. Com toda essa diferença de ritmo, Brandão ainda segue numa subida paulatina e Weverton patina.

Outro fenômeno de difícil compreensão é a subida do ex-prefeito de São Pedro dos Crentes, o insípido e repetitivo Lahesio Bonfim (PSC), que vem subindo e marca 18,2% das intenções de votos. O candidato apenas cuida de distribuir sorrisos, fazer promessas impossíveis de cumprir (como a construção de uma ponte em substituição aos ferry boats), e sem contar com nenhuma força significativa de apoio.

Ou seja, sem ter nenhum motivo para subir, Lahesio e Brandão sobem. Com muito suor e trabalho, Weverton galga migalhas. A conclusão que chegamos é que Brandão e Lahesio são dois desses fenômenos de campanha e Weverton é um equivocado. Ou o equívoco seria outro?

A expectativa é que o governador Carlos Brandão reassuma o comando do estado (e da campanha) ainda esta semana. Isto acontecendo, seguindo a lógica desta pesquisa, haveria uma subida meteórica de Brandão e uma vitória no primeiro turno. Se nada mudar, ou ocorrer uma curva de eventos, chamamos novamente o Véio Zuza pra explicar por quê a pesquisa dá o que deu.

Por outro lado, a campanha legal e propriamente dita, começa em pouco mais de um mês. O senador Weverton Rocha, inclusive já está com a convenção partidária marcada para o dia 29 de julho. Aí vamos ver se os fenômenos se sustentam. Ou então, só o saberemos no dia 2 de outubro, quando não haverá fenômenos e sim a indelével realidade da contagem dos votos.

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