sexta-feira, 26 de abril de 2024

PIB do Maranhão cresce mais que o do Brasil em 2018

Felipe de Holanda - Imesc

O grupo de Conjuntura Econômica do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), realizou uma revisão da projeção do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado no primeiro trimestre. O crescimento real esperado para a economia maranhense é 2,9% para 2018. Enquanto que as projeções de mercado para o PIB nacional vêm sendo reduzidas para 2018 e 2019, devendo convergir para próximo de 1,0% de crescimento real neste ano, comparada com expectativa próximas a 3,0% no início de 2018. Os dados foram analisados no Boletim de Conjuntura Econômica Maranhense, lançado pelo Imesc na última semana.

O resultado positivo de 2018, pode ser explicado pela contribuição de vários setores da economia maranhense, como, por exemplo, o setor agrícola, que deverá apresentar crescimento de 3,4% neste ano. Grande parte dos grãos permanecem com a tendência de crescimento na produção, quando comparado com 2017. Dentre todos, o prognóstico da soja – produção 24% maior que a do ano anterior – apresenta-se como principal responsável pelo novo recorde de safra e consequente elevação do crescimento real do setor.

O presidente do Imesc, Felipe de Holanda, aborda a liberação dos saldos do PIS/PASEP, e afirma que ela deverá ter efeitos positivos no curto prazo para a retomada do setor varejista. “Estima-se que poderá haver incremento de R$ 700 milhões ao orçamento familiar dos maranhenses, sendo dúvida qual será a repartição entre a ampliação do consumo das famílias, ou pagamento de dívidas”. Impactado principalmente pelos investimentos públicos e privados em andamento, apesar de lenta, é nítida a recuperação das atividades no subsetor da Construção Civil. É esperado um desempenho positivo para o setor, considerando-se as obras em infraestrutura em andamento, a exemplo do Terminal Portuário São Luís, cujas obras iniciaram em março deste ano, assim como os lançamentos de novos empreendimentos imobiliários.

O monitoramento dos investimentos privados e públicos realizado pelo Grupo de Conjuntura do Imesc, revela que, indo de encontro às incertezas predominantes no plano nacional e internacional, avança no Estado um bloco de investimentos públicos e privados em andamento (R$ 6,9 bilhões) e planejados (R$ 5,6 bilhões).

Os investimentos no corredor de transporte e integração sul-norte do Maranhão (Rodovia MA-006) poderão contribuir para a atração de investimentos no Estado. Os principais produtos que estão presentes na área de influência do corredor sul-norte do Maranhão são: açúcar, álcool, corte de aves, gesso, gipsita, soja em grãos, fertilizantes simples, toras de madeiras.

O Maranhão também está investindo em projetos destinados à avicultura, cadeia produtiva que tem como principais produtos o frango inteiro, a carne de frango em cortes e os ovos. Há investimentos de R$ 382,9 milhões para o desenvolvimento da avicultura industrial no Maranhão, com isso o estado poderá ter 5 novas unidades de abate instaladas até 2020. A Secretaria de Indústria e Comércio (Seinc) projeta trinta mil empregos diretos e indiretos e 8 novas unidades produtoras instaladas, além do aumento para 11,4 milhões de frangos consumidos/mês e 14 milhões de frangos produzidos/mês, crescimento de 280% na produção.

Além disso, o Boletim de Conjuntura do IMESC destaca, ainda, o crescimento da indústria extrativa. “Observamos uma elevação na produção de gás natural e leve retomada do crescimento na indústria de transformação, destacando-se a indústria de pelotização que pode retomar a produção a partir do início do segundo semestre de 2018. A usina de São Luís tem capacidade de produzir 7,5 milhões de toneladas de pelotas por ano”, complementa, Felipe de Holanda.

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