Em uma sociedade em que os padrões de Beleza estão pré-definidos e os julgamentos estão à palma da sua mão, via redes sociais, iniciou-se um ciclo em que todos querem se adequar a números, medidas e tamanhos julgados ideais.
Gostaria de salientar que em cada lugar do planeta, ou seja, em cada cultura, existe um padrão de Beleza diferente.
Pode-se destacar que na Mauritânia as mulheres fazem dieta de engorda, já que o padrão é a obesidade.
No Mianmar, na tribo dos Karenis, as mulheres são famosas por alongarem o pescoço com anéis de metal; na verdade os ombros são forçados para baixo em decorrência do peso dos anéis e dão a ilusão de que o pescoço é mais comprido.
No Brasil o bonito é ter a pele colorida pelo sol, aparência de bronzeamento, enquanto que no Paquistão, na Tailândia, na Coréia do Sul, em Hong Kong, na Malásia e na Índia são utilizados cosméticos alvejantes para deixar a pele o mais clara possível.
Em alguns lugares da Etiópia o padrão de beleza está relacionado com a deformação dos lábios com o uso de enormes discos de madeira ou porcelana, já em outras regiões as cicatrizes artísticas pelo corpo é que ditam a moda.
Vale lembrar que cultura é algo dinâmico e nada é para sempre. Gostos e hábitos mudam e nem tudo que está na moda lhe convém ou combina.
Ao ouvir as principais queixas de nossos pacientes, percebe-se que mais de 70% (setenta por cento) sabem exatamente o que querem, como, por exemplo, um nariz mais empinado, uma sobrancelha mais arqueada, um rosto mais alongado ou um sorriso mais branco. Enfim, visam a inclusão nos padrões de beleza, que são julgados mais bonitos, para elevar a autoestima.
Que mal tem? Nenhum! Muito pelo contrário, autoestima está classificada como uma necessidade básica do ser humano. É claro que todos devem se aceitar, se amar, porém não podemos esquecer de uma sábia frase: “não há nada tão belo que não possa ser melhorado”.
Os outros 30% (trinta por cento) dos pacientes chegam ao consultório sem ter a menor ideia do que querem. Não raro ouve-se os seguintes questionamentos: “Dra., o que a senhora acha?” ou “O que podemos fazer?”. Em casos como este é necessário sensibilidade, delicadeza e sobretudo responsabilidade por parte do profissional para sugerir os possíveis tratamentos visando elevar a autoestima dos interessados sem perder de vistas os padrões éticos.
Com o BOOM da Harmonização orofacial e consequentemente com os procedimentos mais acessíveis a todos, o grande desafio com toda certeza é alcançar as expectativas dos pacientes, assim como “frear” exageros em procedimentos.
Lembre-se que respeitar seus próprios padrões é o que há de mais sofisticado. Cada ser humano é único e cada resultado é particular. Respeitar sua própria genética é encontrar sua Beleza individual, aquela que somente você pode ter.
Por Luiza Carvalho,
Cirurgiã-Dentista
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