Seminário Estadual de Mobilização com proposta de criação de Lei Estadual contra agrotóxicos

A Igreja Católica no Maranhão preocupada com o povo maranhense e seguindo as diretrizes de Papa Francisco, elegeu como uma das prioridades de seu plano pastoral, o Cuidado com a Casa Comum. Neste sentido, o estado do Maranhão coleciona um histórico de crimes contra o meio ambiente, entre eles, o aumento do número indevido do uso de agrotóxicos que atingem principalmente as comunidades e povos tradicionais.

Para potencializar a conscientização de que o uso irregular de agrotóxicos pode ocasionar, inclusive, em mortes de inocentes, o Regional Nordeste 5 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil realiza de 08 a 10 de março, na casa de Retiro Oásis, em São Luís (MA), o Seminário Estadual de Mobilização “Projeto de Lei Estadual de iniciativa popular contra agrotóxicos”. “Dentro da prioridade, surgiu a ideia de se criar uma lei estadual por iniciativa popular para proibir a pulverização aérea de agrotóxicos, e para dar início a essa lei vai ser realizado o Seminário Estadual com multiplicadores e multiplicadoras que são lideranças de pastorais, de organismos e de outras organizações da sociedade civil que têm a mesma preocupação e compromissos com o direito à vida”, destacou Lucineth Cordeiro, da Cáritas Maranhão.

O Seminário é organizado pela equipe de articulação das Pastorais Sociais/Repam do Regional Nordeste 5. A participação de todas as 12 dioceses do Maranhão, além das principais representações e lideranças de grupos, pastorais, movimentos e organismos do regional são aguardadas para este evento. Cada participante, pós seminário, está responsável em dar continuidade ao trabalho sendo multiplicador das decisões tomadas neste Seminário. Uma das principais propostas é o encaminhamento de uma Lei Estadual contra os Agrotóxicos.

Dados

Os dados apontam que desde 2016, o Brasil vem aumentando o uso de agrotóxicos. Em 2022, a alta foi de 16%, com 652 agrotóxicos liberados, segundo registros da Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins (CGAA) do Ministério da Agricultura. Sendo que deste total, 516 são químicos e 136 biológicos.

O estado do Maranhão ocupa a liderança de rankings de violência no campo, analfabetismo e insegurança alimentar, e amarga também um lamentável histórico de crimes ambientais relacionados à pulverização de agrotóxicos, atingindo principalmente as comunidades e povos tradicionais. “A expansão da monocultura de soja no Maranhão, que começou pela região Sul, depois Baixo Parnaíba, depois região dos Cocais, formado por Coelho Neto, Caxias, Codó, São João do Sóter, agora mais recentemente no Médio Mearim, como Lago da Pedra, Lagoa Grande, Marajá do Sena e etc… Está trazendo várias consequências graves como desmatamento, expulsão dos trabalhadores e trabalhadoras do campo, conflitos agrários, assassinatos de lideranças e o envenenamento com o uso de agrotóxicos que é pulverizado por via aérea e drone, causando muitos males, além de poluir o ar, as águas, as matas, os animais, as pessoas, e que gera doenças e mortes”, pontua Lucineth Cordeiro.

Serviço

  • O quê: Seminário Estadual de Mobilização “Projeto de Lei Estadual de iniciativa popular contra agrotóxicos”
  • Quando: De 08 a 10 de março (Começa com o almoço no dia 08/03).
  • Onde: Casa de Retiro Oásis, em São Luís (MA). Endereço: Rua Frei Hermenegildo 380, São Luís, MA, 65060-190.

Contatos:

  • Ariana Frós – 98 99155 1622 (assessoria de comunicação do Regional NE5 da CNBB)
  • Martha Bispo – 98 9116-5638 (secretária executiva do Regional NE5 da CNBB)
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