sexta-feira, 26 de abril de 2024

Escritor quilombola lança livro de poemas

Quilombola Cadu Marques lança livro de poesia

O escritor Cadu Marques lança hoje seu primeiro livro “A memória como tradição e as invenções de uma vida”. O evento acontece no Tebas Café, no centro de São Luís, nesta quinta feira (24).

Segundo o autor, “A memória como tradição e as invenções de uma vida é um escrito que carrega identidades dentro de seu corpo”. Este livro se firma dentro das possibilidades da escrita a partir da poesia, tendo seus versos, suas rimas e a narrativa afetiva que leva pontos, formas, jeitos, imagens ao leitor. De caráter ficcional, a escrita desse projeto passeia por linhas imagéticas criadas a partir das ideias de memórias, histórias vividas, vistas, ouvidas e que de alguma forma se tornaram parte da vida do autor, diz o texto de apresentação.

Cadu Marques é um homem negro, quilombola, que busca registrar aquilo que lhe toca, que lhe afeta de maneira singular. Tornando assim seu registro, um material palpável, possibilitando a chegada dessa criação composta por uma parcela gradual de afetos, a inúmeras pessoas. Sendo esse, inclusive, um dos principais objetivos dessa proposta, proporcionar essa difusão desses poemas, pensar a permanência do jovem quilombo ocupando esse espaço que nos parece tão distante dentro dessa perspectiva do mercado, e abrir portas para realidades tão próximas, para que outros como eu possam somar nesses lugares com seus escritos, afinal, nós somos muitos.

A escrita dos poemas que compõe essa obra traz referencias de família e invenções, a partir de histórias que chegaram a ele em algum momento. “São narrativas, que de algum modo geraram um incomodo, uma forma, um motivo para se tornarem reais, escrito em palavras que melhor expressam como o perpassaram”, diz o autor.

Cadu Marques, nasceu em 1997, São Luís – Maranhão. Ator, graduando de licenciatura em teatro – UFMA e Processos Fotográficos – IFMA. Integra a Cia chão de cozinha, onde desenvolve e exercita seu oficio teatral. Roteirista do curta documentário “Ouro – uma produção árdua e desvalorizada”, que foi selecionado para dois festivais, a 44º edição do Festival de Cinema Guarnicê, onde ganhou o prêmio de melhor filme / curta maranhense e para o Festiva Perifericu, em São Paulo. Escritor de dois poemas presentes em coletâneas do Projeto Apparere: “O cabra do Nordeste” que compõe a coletânea “o Nordeste de João Cabral de Melo Neto e “Grito” que faz parte da coletânea “Teremos Meio Ambiente? ”. Roteirista, fotógrafo e poeta, narra em suas escritas: memórias, vivências e experiências.

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